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‘A responsabilidade de Bolsonaro é zero’, diz presidente do PL sobre os atos golpistas

Em entrevista ao Jornal da CBN, nesta sexta-feira, o presidente do PL negou que o Jair Bolsonaro tenha relação com os atos terroristas ocorridos em Brasília, no dia 8 de janeiro. ‘Ele está em silencio desde a derrota na eleição’, disse

Para Valdemar Costa Neto, a responsabilidade do que ocorreu na Praça dos Três Poderes deveria ser do atual ministro da Justiça, Flávio Dino, que editou uma portaria autorizando a Força Nacional fazer a segurança dos prédios da Esplanada dos Ministérios naquele dia. Ele ainda disse que os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro não participaram das cenas de destruição registradas no Congresso Nacional, no Supremo e no Palácio do Planalto. ‘O bolsonarista de verdade é família. Não gosta disso. Ficou lá pedindo para que não se quebrasse nada. Havia extremistas infiltrados’, afirmou.

O presidente do PL confirmou que o ex-presidente combinou a volta ao Brasil até o fim de janeiro e que sua intenção é pagar um salário ‘de ministro’ tanto para Bolsonaro quanto para Michele, para que eles trabalhem para o partido. ‘Michelle iria correr o Brasil, fazendo eventos e trazendo as mulheres para a política do Brasil’, afirmou. Ele ainda contou que ficou preocupado com o estado de ânimo de Jair Bolsonaro após a derrota para Lula nas eleições. ‘Cheguei a pensar que o Bolsonaro iria morrer’, disse.

Ele também afirmou à CBN que ficou surpreso com a minuta golpista encontrada com o ex-ministro Anderson Torres, e disse que várias propostas do tipo circularam antes da posse do presidente Lula. Valdemar chegou a dizer ter recebido algumas propostas que mandou direto para o moedor de papel sem ler.
Valdemar ainda confirmou que Rogério Marinho, senador eleito pelo PL do Rio Grande do Norte e ex-ministro do Desenvolvimento Regional, vai disputar a presidência do Senado com o Rodrigo Pacheco, que busca a reeleição. Ele disse que sua legenda tem conversas avançadas com outros partidos e que tem margem de apoio para ganhar a eleição na Casa.

Sobre sua relação com o governo Lula, ele afirmou que não fará uma oposição radical e que votará com o governo caso seja de interesse nacional. ‘Não vamos fazer uma oposição radical. Somos um partido de direita, mas não queremos que o Brasil vá para trás’, disse.

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