Blog do Louremar Fernandes
Graciete Lisboa ganhou a atenção dos holofotes depois da separação conjugal com o prefeito Lisboa. Foi guindada à condição de líder comunitária e daí – sob o patrocínio do dinheiro público ( conforme denunciou Jura Filho e atestou o Superior Tribunal Eleitoral) – elegeu-se deputada estadual.
Não fez nada de relevante na Assembléia. Seus pronunciamentos contam-se nos dedos, não chegam a uma dezena. Com o mandato cassado entrou para um período de ostracismo. Sem vocação para construir uma carreira política passou a viver da fama.
Depois que Lisboa negociou o apoio ao deputado Ricardo Murad, Graciete subiu no palanque. Achava que o apoio a Murad redundaria em um cargo no governo. Quando foi anunciada a criação das gerências regionais, dava como certa sua indicação para a gerência de Bacabal. Apesar de eu avisar aqui que as gerências não sairiam do papel, Graciete já se considerava autoridade. Faltou quem autorizasse.
Sem cargo, mas não sem palanque. Graciete nunca deixou de ter um palanque alternativo que é montado em todos os grandes eventos. No palanque oficial o prefeito, primeira-dama e comitiva. No palanque extra-oficial: Graciete e a comitiva da Caib. Apesar de não ser um palanque ou camarote oficial, os gastos são oficialmente bancados pela Prefeitura.
Quem busca entender o caso perde-se em divagações e não conclui nada. Ainda mais depois da festança bancada pelo prefeito Lisboa no sábado. Sob o pretexto de empossá-la na presidência da Caib ( entidade que congrega associações), foi organizada uma festa na Vanguard.
Esse tipo de festa tem suas peculiaridades. A começar dos participantes. Nesse caso não podem ser considerados convidados, são intimados. Aquele pessoal contratado e os que querem ser contratados num futuro próximo, são intimados a comparecerem. O menu da festa foi churrasco regado a 60 caixas de cerveja. Mesmo assim faltou gente. Alguns ônibus enviados para a zona rural, chegaram na cidade com a metade das cadeiras vazias.
Mas qual o interesse em ressuscitar Graciete? Talvez a reunião secreta do prefeito Lisboa com o deputado Zé Vieira, ocorrida em uma casa na Cohab, traga luz ao assunto.
Mas isso é uma história que vou contar depois.