Ao menos 25 pessoas morreram e seis foram resgatadas com vida em um acidente na noite desta segunda¬feira (28) na Colômbia com o avião que transportava a equipe da Chapecoense. O time disputaria na quarta (30) a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional.
Autoridades que trabalham no local da tragédia falam em 76 mortos, número que ainda não foi confirmado oficialmente. O acidente ocorreu quando a aeronave se aproximava de Medellín, no noroeste da Colômbia, segundo fontes oficiais. A Aeronáutica Civil informou que os sobreviventes são três jogadores, um jornalista e dois tripulantes. Entre os sobreviventes resgatados está o lateral Alan Ruschel, 27, que chegou nesta madrugada ao hospital da cidade de La Ceja.
Por volta das 22h (horário local), a aeronave contatou a torre de controle da Aeronáutica Civil para informar que estava em emergência devido a falhas elétricas, entre as cidades de Ceja e Unión. Segundo o aeroporto José María Córdova, na cidade de Rionegro, onde a aeronave iria pousar, o acidente ocorreu em Cerro Gordo, no departamento de Antioquia. O acesso ao local, a cerca de 50 quilômetros de Medellín, é feito apenas por terra, devido às más condições meteorológicas no local. A Força Aérea Colombiana estava organizando uma missão com um helicóptero, mas decidiu cancelar devido ao clima.
O voo da empresa Lamia, proveniente da Bolívia, transportava nove tripulantes e 72 passageiros. Ao menos 22 jornalistas da Fox TV, da Globo, RBS e rádios estavam no voo. “Parece que o avião ficou sem combustível”, disse à agência AFP Elkin Ospina, prefeito da cidade de La Ceja, vizinho do local do acidente. Segundo o funcionário, as autoridades já estão no local e os centros médicos se preparam para atender os feridos.
A Aeronáutica Civil colombiana afirmou em comunicado que instalou um posto no aeroporto José María Córdova para gerenciar a situação. A prefeitura de Rionegro, pediu para a população evitar ir ao local do acidente e deixar as vias livres para facilitar o resgate das vítimas. O diretor da Aeronáutica Civil Alfredo Bocanegra disse em entrevista à Telemedellín, canal local, que pediu para todos os envolvidos no resgate permanecerem nas buscas. “Nessas próximas horas é preciso um esforço sobre-humano. Uma só vida, vale a pena”, disse, sobre o processo de resgate.
Folha de São Paulo