O Estado
O secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, afirmou ontem, em entrevista ao radialista Jorge Aragão (Mirante AM), que a mudança no depoimento à Justiça do pistoleiro paraense Jhonatan de Sousa Silva, assassino confesso do jornalista Décio Sá, não compromete o trabalho de investigação feito pela Polícia Civil do Maranhão. Foi a primeira vez que o chefe da segurança do estado se manifestou publicamente sobre denúncias de que os réus, e até algumas testemunhas, teriam sido pressionados pela equipe de delegados a “falar o que não queriam” durante o inquérito policial, e referiu-se a isso como uma manobra “orquestrada” pelos advogados de defesa.
A mudança na versão do assassino – que apesar de confirmar que matou o empresário Fábio Brasil, em Teresina, e o jornalista Décio Sá a mando do réu José Raimundo Sales Chaves Júnior, o Júnior Bolinha, disse não saber da participação de outros acusados -, segundo Mendes, já era esperada. “Na minha concepção, e na concepção da equipe de profissionais que trabalhou nessa investigação, não muda nada. Isso era uma coisa já anunciada entre os advogados. Essa grande movimentação de advogados de lados diferentes, mas que por 27 vezes estiveram visitando o outro lado, já nos anunciava que alguma coisa estava sendo preparada para esse depoimento. Então, o que se observou foi uma grande ‘orquestração’ no sentido da mudança desse depoimento”, frisou Aluisio Mendes.
Os advogados se comunicarem entre si é normal, não é manobra nem orquestra, orquestra e desafinada é o Secretario forjar todo um inquérito querendo dá uma de herói pensando em ser a dep federal.