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Alvo da PF, Juscelino Filho rompe com tio e prepara assessor para disputar Prefeitura de Vitorino

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), rompeu com parte da família e prepara a candidatura de Ademar Magalhães, seu ex-assessor parlamentar, a prefeito de Vitorino Freire (MA).

A cidade é comanda por Luanna Rezende (União Brasil), irmã do ministro, que está no segundo mandato e não pode mais se reeleger. O apoio do grupo de Juscelino também era disputado por Stenio Rezende (União Brasil), um dos tios dele e da prefeita, que agora faz críticas públicas aos sobrinhos.

Conhecido como Fogoió, Magalhães é pai da advogada Anne Jakelyne Magalhães. Ela foi sócia até 2018 da Arco Construções, empresa que a Polícia Federal diz pertencer a Juscelino e ter sido usada para desviar recursos de emendas parlamentares. Ele nega.

Magalhães e sua esposa, Suedemir de Jesus, além de Anne Jakelyne, trabalharam no gabinete de Juscelino na Câmara dos Deputados.

O possível candidato a prefeito de Vitorino Freire também teve cargo de motorista na prefeitura local. Desde junho de 2023, Magalhães é secretário de Infraestrutura e Logística do município.

Em nota, o Ministério das Comunicações do governo Lula disse que “não se manifestará sobre questões afetas às eleições de 2024”. A pasta não respondeu aos questionamentos sobre as suspeitas da PF e disse que os advogados de Juscelino já haviam se manifestado.

Preterido por Juscelino, seu tio e ex-deputado estadual Stenio Rezende é irmão de Juscelino Rezende, pai do ministro das Comunicações e da prefeita Luanna. Juscelino, o pai, também comandou Vitorino Freire, cidade que abriga fazendas da família do ministro e um bairro com o nome da atual prefeita.

“Nos meus 30 anos de experiência política, nunca passei por uma situação delicada como essa. Embora tenha o respaldo de 12 dos meus 13 irmãos, recebi —com surpresa— a notícia sobre a decisão, por parte dos meus sobrinhos [prefeita Luana e o ministro Juscelino Filho], de indicar o seu funcionário Fogoió como candidato à sucessão municipal em Vitorino Freire”, afirmou Stenio, em nota.

Ele disse que não conseguiu “compreender” a escolha, “sobretudo em razão da forma ditatorial decidida na indicação”.

Da Folha de São Paulo

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