O prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), arma o jogo da sucessão de 2012 como o olho em outra eleição majoritária – a de senador em 2014 – podendo vir a ser concorrente direto de Roseana Sarney (PMDB).
Em 2014 só haverá uma vaga para o Senado. Roseana precisa da proteção de um mandato, mas pode ter seus planos atrapalhados por João Castelo, caso ele seja reeleito à Prefeitura de São Luís.
É por isso que o Sistema Mirante de Comunicação, braço midiático dos Sarney, ataca sistematicamente a gestão do prefeito Castelo, que é péssima e oferece pautas intermináveis para o agendamento negativo da Prefeitura.
Os Sarney precisam “matar” Castelo em 2012 para impedir a concorrência dele à única vaga do Senado em 2014, deixando a conjuntura razoavelmente favorável a Roseana.
CASTELO E O TRUNFO DA VICE-PREFEITURA
A possibilidade da candidatura de Castelo ao Senado torna-se o principal instrumento de negociação do prefeito na composição das alianças em 2012.
Castelo vai vender dois sonhos aos pretensos aliados: ser reeleito à Prefeitura e renunciar em 2014 para ser candidato ao Senado, entregando São Luís ao vice-prefeito.
Com essa plataforma o prefeito tenta atrair ao projeto de sua reeleição pelo penos quatro partidos indispensáveis: PDT, PPS, PSB e PP.
Todos serão seduzidos pela possibilidade de assumir dois anos de mandato na Prefeitura, caso Castelo seja reeleito e renuncie para concorrer ao Senado em 2014.
Com essa tática o prefeito tenta ainda esvaziar as pretensões de um dos seus adversários – Flávio Dino (PC do B) – que também pleiteia alianças com os pedetistas, o PPS, os socialistas e o PP.
O plano de Castelo é perfeito, não fosse o caos da cidade e os seis meses de chuva que virão no primeiro semestre do próximo ano para acabar de destruir a capital, quando não ficará pedra sobre pedra e Castelo será arrastado pela correnteza.