O prefeito comunista de Açailândia, Juscelino Oliveira e o delegado regional Murillo Lapenda são acusados de integrarem um esquema de corrupção que envolve dinheiro oriundo de caça-níqueis. As cifras teriam financiado a campanha eleitoral do gestor.
A revelação explosiva ocorreu durante o depoimento do carcereiro Mauri Célio da Costa Silva aos delegados da Superintendência Estadual de Combate à Corrupção (SECCOR), Roberto Fortes, Renato de Sousa e Márcio Dominici, no dia 5 de julho.
Trechos do depoimento obtido pelo Blog do Neto Ferreira mostra que a relação entre prefeito e delegado era pessoal, inclusive financeira.
O carcereiro relatou que, durante a campanha eleitoral, o gestor comunista chegava a ir à delegacia regional três a quatro vezes na semana.
As conversas que eram tidas entre Murillo e o prefeito não foram reveladas, no entanto Mauri Célio falou que o delegado sabia que o dinheiro que estava irrigando a candidatura de Juscelino era proveniente dos jogos de azar. O carcereiro disse que o delegado protelava a repressão contra os grandes donos de bingos, que por sua vez apoiavam o gestor.
“Quando se tratava de pequenas casas de jogos ilegais, o dr. sempre estava lá com o intuito de fechá-las. E quando isso acontecia, chamava a imprensa para divulgar o fato. Mas isso não acontecia com os grandes proprietários”, detalhou o carcereiro.
As máquinas caça-níqueis rendiam cerca de R$ 100 mil por mês, que iam diretamente para o gestor, segundo o depoimento.
O carcereiro afirma que no mês de setembro de 2016, Lapenda, em comum acordo com o prefeito, deflagrou a operação Sem Acordo, onde apreendeu diversos equipamentos de jogos ilegais. A intenção era desvincular a sua imagem do esquema criminoso.
Após esse episódio, o delegado regional começou a intensificar atuações contra o titular do 1º Distrito Policial, Tiago Fellipini, para que o esquema caísse sobre o ele.
O chefe de polícia era amigo da família de um empresário da cidade, na qual estava apoiando o candidato opositor ao atual prefeito. Em decorrência dessa aliança, criou-se uma rixa entre Lapenda e Fellipini, que envolveu o carcereiro. (reveja o caso).
O depoimento cita que o esquema montado por Murillo resultou na prisão do delegado titular do 1º DP de Açailândia, Tiago Fellipini, a escrivã Silvya Helena Alves, o investigador Glauber dos Santos Costa e o advogado Éric Nascimento Carosi e do carcereiro, que delatou a trama.
Eu acho muito intrigante que a operacao lava jaro chega em todas as cidades e aqui nao. Acailanfia bandido pinta e borda . Seja ele ladrao de galinha, prefeito , vereador, delegado, policial ou apresentador! So quem perde eh a populacao!