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“Banalização da prisão assusta”, diz advogado de Sarney

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O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB­-AL), o ex-­presidente da República José Sarney (PMDB­-AP) e o senador e ex-­ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB-RR), disse em entrevista à Rádio Estadão, na manhã desta terça-­feira, 7, que preferia não acreditar que houve os.

Segundo ele, as gravações a que teve acesso não implicam em nenhuma tentativa de barrar a Operação Lava Jato. “Quem vai decidir é o STF, quero ver o fundamento do pedido, mas pelo que saiu na imprensa, nada justifica medida tão drástica e espero que o STF não determine uma medida como esta (prisão)”, destacou.

Na entrevista à Rádio Estadão, Kakay classificou o atual momento de “dramático”, destacando que as opiniões emitidas sobre a Lava Jato podem ser interpretadas como tentativa de obstrução. “Dois homens divergirem sobre a Lava Jato não é crime. Eu mesmo sou crítico dos excessos dessa operação e repito, não vi nessas conversas (de seus clientes) qualquer tentativa de interferência. Hoje tudo passou a ser tentativa de interferência.” E continuou com as críticas: “Depois da Lava Jato, prisão preventiva virou regra. Essa banalização da prisão me assusta, enquanto advogado e enquanto cidadão.”

Para Kakay, a delação premiada é um instituto importante para se combater o crime organizado, contudo, ele avalia que este instrumento está sendo “desvirtuado” na atual conjuntura. “A palavra do delator passa a ser vista como verdade”, disse, numa referência às gravações feitas pelo ex-­presidente da Transpetro Sérgio Machado que dão conta de que distribuiu R$ 70 milhões em propina para Renan, Jucá e Sarney. “Todos meus clientes negaram peremptoriamente esses recursos e dizem que não sabem do tal fundo gerido pelo filho do Sérgio Machado (Expedito, responsável pela gestão de um fundo que seria abastecido com dinheiro de propina em Londres.

Do Estadão de São Paulo

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