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Bernardo Bringel causou enorme prejuízos ao setor da Educação

Blog do Luis Cardoso

Bernardo Bringel
Bernardo Bringel

Olhando de longe, nem se imagina os prejuízos incalculáveis que o senhor Bernardo Bringel causou ao setor da Educação pública deste estado. Mirando mais de perto, o leitor será capaz de até cair no buraco imenso que o ex-secretário da Seduc cavou na pasta que deveria ser a prioritária do governo de Roseana Sarney.

Sem o menor planejamento, Bringel, hoje nomeado secretário de Planejamento do Estado e ainda infelizmente acumulando a Educação, decidiu entregar para cada município o ensino fundamental. A medida, diga-se de passagem, é correta. Mas tinha que ser melhor trabalhada e planejada para evitar impactos.

Nada disso foi feito. As administrações municipais, que de maneira desprezível arcam, com os custos de suas escolas, de uma hora pra outra tiveram que aceitar outras unidades. Nem precisa dizer que as escolas, por falta de professores, material didático e até merenda escolar, além da falta de infraestrtura, fecharam. E os alunos estão em casa ou nas ruas. Os pais, na maioria, não tem condições de pagar as particulares.

Em Açailândia, por exemplo, ele fechou tudo. Entregou todas as salas do ensino fundamental para a prefeitura e lacrou os ensinos médios em todos os povoados do interior: Novo Oriente, Sudelândia, Nova Conquista, Califórnia… todas as salas foram fechadas.

Ao todo são quase mil alunos que viram suas vidas truncadas, muitos já matriculados no 3º ou 2º ano, simplesmente não tem mais opção para estudar. Nem tem dinheiro para pagar, nem existem escolas privadas nos povoados e assentamentos. Os poucos que conseguiram uma vaga na Casa Familiar Rural (uns 40) estão ameaçados também de não chegar ao fim do ano, pois até hoje não foi pago um centavo para os professores, que nem assinaram contratos ainda.

E isto não é fato isolado. Ele fez isso no Estado todo. E olha que a contrapartida do MEC é alta. O pior é que na zona rural os números de alunos, apesar das escolas fechadas, servem apenas para aumentar o volume de recursos repassados e o dinheiro, quase na sua totalidade, vai para os centros urbanos. Uma lástima!

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