O deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro, que se apresenta ao eleitoral como única alternativa radical contra os maus costumes, terá como pré-candidata ao governo no Maranhão, em outubro próximo, uma acusada pelo Ministério Público estadual de empregar uma funcionária fantasma para ficar com os vencimentos da servidora.
Trata-de da ex-prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge. Ainda no Podemos, ele se filiará ao novo partido de Bolsonaro, o PSL. O convite foi feito pela direção nacional da sigla e também pelo presidente estadual da legenda, vereador Chico Carvalho. A data de filiação ainda não está definida.
De autoria dos promotores João Leonardo Leal e Marcos Valentim Paixão, uma ação de improbidade administrativa contra a pré-candidata de Bolsonaro ao Palácio dos Leões corre na 1ª Vara da Fazenda Pública de São Luís.
Segundo o Parquet, quando exerceu o mandato de deputada estadual, ela lotou em seu gabinete na Assembleia Legislativa maranhense, por pouco mais de quatro anos, uma mulher identificada como Gessina Vieira, que seria sua empregada doméstica e de seus familiares.
A lotação, segundo o MP-MA, foi feita sem o conhecimento ou anuência da funcionária — que só teria descoberto o uso de seu nome por Maura Jorge quando compareceu a um posto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), para requerer aposentadoria.
De acordo com a acusação, quase R$ 200 mil teriam sido embolsados por Maura Jorge por meio do esquema.
Procurada pelo ATUAL7, ela nega as acusações, e lembra que um outro processo, penal, relacionado a mesma denúncia, foi julgado improcedente pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão. “Tenho certeza que à Justiça continuará primando pela verdade”, acredita.