A praça inaugurada pelo governador Carlos Brandão, neste domingo (5), leva o nome do maior político da história de Bequimão: Juca Martins, saudoso líder e ex-prefeito de Bequimão. O evento foi marcado pela emoção e celebração de um legado de trabalho, amor e compromisso com a população de Bequimão.
“Hoje, [governador Carlos Brandão], o senhor está inaugurando esta praça, a Praça da Família, que é uma homenagem dada por João a Juca Martins, ao prefeito Juca Martins, cuja história se confunde com a história de Bequimão. É com muita emoção que lembro de Juca Martins. Juca deixou para este grupo, governador, um legado de muito trabalho, e é essa marca que lutamos para preservar: o legado do trabalho e do amor pelo povo de Bequimão”, afirmou o prefeito Zé Martins, emocionado.
Ele ainda destacou a importância da confiança popular em sua trajetória política. “Tanto é verdade que o povo foi responsável por várias vitórias de Juca, pelas vitórias das pessoas que ele indicou, pelos meus dois mandatos, pelo mandato de João, e, agora, quis que eu voltasse novamente. Mas isso só é possível com muito trabalho, lealdade e confiança do povo. Eu só tenho uma palavra para expressar: gratidão ao povo de Bequimão.”
Juca Martins, maior líder político da história de Bequimão
Juca Martins nasceu em 11 de junho de 1938, filho de Lídia Cantanhede Martins e Atanásio Lourenço Martins. Na juventude, trilhou o caminho que muitos jovens do interior do Maranhão percorrem, indo estudar na capital do Estado. Em São Luís, cursou o ginásio e o científico (atuais ensino fundamental e médio, respectivamente). Mas, precisou voltar a Bequimão depois que seu pai morreu, para ficar perto da família e ajudar no seu sustento.
De volta à sua cidade, fez amizade com Torquato Pereira, comerciante e exportador de babaçu, que lhe ofereceu o primeiro emprego. Aos 18 anos, Juca começou a trabalhar como cacheiro e, mais tarde, tornou-se sócio na firma Torquato PP de Abreu & Cia. Foi o comerciante da família dos Pereira quem incentivou o jovem a entrar na política.
Torquato Pereira sugeriu que seu sócio se candidatasse a vice-prefeito. Naquela época, os registros de candidatura de prefeito e vice eram feitos separados. O curioso é que Juca Martins obteve 16 votos a mais do que Juarez Damasceno, eleito prefeito. Aos 28 anos, em 1966, ele deu um passo maior na política e se tornou, até então, o prefeito mais jovem do país, pelo PSP. Depois desse primeiro mandato, o político bequimãoense sofreu perseguição da administração estadual, de nomes como o general Arthur Carvalho e Francisco Figueiredo, que pressionaram para que ele não saísse candidato.
Ainda assim, Juca coordenou as campanhas e ajudou a eleger os ex-prefeitos Dedé Almeida, Antônio Martins e Leles Pinheiro. Ele voltou à chefia do executivo nos anos de 1983-1988, 2003-2004, 2005-2008. No meio de toda essa trajetória, trabalhou com Clodomir Millet e Neiva Moreira, que o aproximaram do ex-presidente José Sarney, a quem se aliou até o fim.