O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), transformou, literalmente, o Palácio dos Leões – sede do governo – em um verdadeiro cabide de emprego para acomodar os próprios parentes.
Em uma clara demonstração disso, ele nomeou o sobrinho Carlos Orleans Braide Brandão, filho do diretor Institucional da Assembleia Legislativa, Marcus Barbosa Brandão, para comandar a recém criada Secretaria Extraordinária de Assuntos Municipalistas.
Apesar de contar com uma máquina pública inchada tendo mais de 41 pastas em sua gestão, o governador não titubeou em autorizar a criação de mais um órgão para abrigar o seu familiar, que tem pretensões políticas no cenário municipal de Colinas, cidade da família Brandão.
A Administração Pública do Maranhão também é lotada por outros familiares do socialista.
Essa não é a primeira vez que o governador nomeia um sobrinho para o alto escalão de seu secretariado. Assim que assumiu o comando do Palácio dos Leões pela primeira vez em abril de 2022, Brandão empregou o seu sobrinho Daniel Itapary Brandão, filho de José Henrique Brandão.
À época, o familiar assumiu o cargo de secretário chefe da Assessoria Especial do Governador (SCAE), que passou a ser denominada de Secretaria de Monitoramento de Ações Governamentais (SEMAG).
Atualmente, Daniel Brandão ocupa o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas (TCE). A sua nomeação para a vaga se deu em decorrência de uma manobra feita pelo próprio tio junto aos deputados na Assembleia Legislativa, que o indicou para a Corte de Contas.
Na contra-mão do chefe do Palácio dos Leões, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, criou um grupo de trabalho intersecretarial para enxugar a máquina paulista e acabar com puxadinhos do PSDB.
Freitas garantiu que vai acabar com “vários organismos no governo” que não fazem nada e são “cabides de emprego”.
Enquanto isso, Brandão vem transformando a máquina pública maranhense em seu próprio quintal.
A cobra vai fuma ainda mais.