O atual presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão tem sido taxado como “independente”.
Tudo porque Caldas tem se colocado como uma pessoa que tornou-se conselheiro por mérito e também foi eleito presidente do TCE sem apoio político.
Ocorre, que Caldas Furtado só assumiu a condição de conselheiro em fevereiro de 2002, devido o parentesco com o então genro da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB).
Na época, o genro de Roseana era o ex-deputado Carlos Filho e antes de deixar o governo no dia 5 de abril de 2002 para disputar vaga ao Senado, a peemedebista escolheu Furtado na lista tríplice.
Vários pedidos foram feitos para que Roseana escolhesse um outro nome. Até mesmo o senador Edison Lobão tentou indicar uma outra pessoa, mas a ex-governadora preferiu nomear o primo do então genro.
Agora na eleição da presidência da Corte de Contas, em que Caldas foi eleito presidente para o biênio 2017/2018, em substituição ao presidente Jorge Pavão, não foi diferente. Houve também um apoio político.
Fontes do Blog do Luís Pablo informaram que o grande responsável pela articulação da vitória de Caldas Furtado foi o conselheiro Álvaro César de França Ferreira, primo de Roseana e irmão do prefeito de Barreirinhas, Albérico Filho (PMDB).
Álvaro levou Caldas para pedir o apoio da família Sarney. O primeiro encontro foi na casa do empresário Fernando Sarney, que garantiu o apoio do grupo.
Ao perceber a movimentação do primo, Roseana chamou ele até o seu apartamento para pedir que apoiasse a reeleição de Pavão.
Esperto, o conselheiro Álvaro foi ao apartamento acompanhado de Caldas Furtado para amarrar o apoio da ex-governadora. E não deu em outra. Constrangida e sem poder dizer que sua pretenção seria Jorge Pavão, Roseana acabou garantindo apoio a Caldas, que deixou claro o reconhecimento da ajuda da família Sarney.
E agora esse mesmo Caldas que foi até a casa dos Sarney, é o que tem dito ser “independente”.
Isso deixou o grupo irritado.