O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) prevê que pouco mais de 1 milhão de brasileiros receberão, nos próximos dois anos, o diagnóstico de câncer no País. Estima-se que os novos casos da doença devam atingir 50,8% dos homens, sendo o câncer de próstata a doença mais comum entre eles.
As estatísticas apontam a necessidade de ações públicas de conscientização em relação à importância do rastreamento e da detecção precoce, de modo a oferecer um melhor prognóstico dos casos identificados. Além disso, o INCA, que há pouco tempo tinha questionado o exame de rastreamento, voltou a ter posicionamento favorável, pois é uma das formas mais eficazes de descobrir o tumor em estágio inicial e, consequentemente, conseguir maior sucesso no tratamento.
“As novas estatísticas devem contribuir para o conhecimento do que é a doença, como podemos tratá-la, além da importância do rastreamento precoce, pois em qualquer tipo de câncer, com um diagnóstico tardio é sempre mais difícil de tratar” comenta o Dr. Anderson Silvestrini, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia (SBOC) em São Paulo.
Tão importante quanto o diagnóstico precoce é a forma de tratamento e, em qualquer que seja o tipo de câncer, é consensual que a doença não precisa estar associada a um atestado de morte. “Com as novas descobertas, tratamentos individualizados de acordo com a linha histológica e drogas cada vez mais avançadas e alvo-específicas, as taxas de remissão ou cura são hoje uma realidade incontestável, ao mesmo tempo em que a qualidade de vida do paciente é cada vez maior”, destaca o Dr. Silvestrini.
Para o câncer de próstata, por exemplo, a medicina conta com alternativas cada vez menos dolorosas que aumenta a aderência do paciente ao tratamento. Uma dessas substâncias é o acetato de leuprorrelina. Comercializado como Eligard e com aplicação subcutânea (sob a pele), proporciona maior conforto ao paciente. Além disso, a agulha, por ser menor e mais fina, facilita a adesão da leuprorrelina.