Candidatas a vereadora não eleitas gastaram até R$ 22 mil por voto no Maranhão. A informação é do levantamento feito pelo site Metrópoles.
As despesas eleitorais, conforme prevê a legislação eleitoral brasileira, podem ser custeadas com os recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, do Fundo Partidário e de dinheiro advindo de pessoas físicas, seja do próprio próprio candidato ou de doadores que queiram contribuir com a campanha eleitoral.
Silmara Alves de Carvalho (PSOL), que disputou uma vaga de vereadora na cidade de São João dos Patos, recebeu apenas um voto nas urnas com R$ 22.000,00 mil de despesa de campanha. Em Codó, a candidata Thalita Machado Jansem(PSD) recebeu 6 votos e uma despesa de R$ 116.773,70, ou seja, R$ 19.462,28 por voto. Em São Luís, Brenda Carvalho(Podemos) teve 18 votos após gastar R$ 300 mil, um total de R$ 16.666,67 por voto.
Por conta da votação e do valor gasto por Brenda Carvalho, uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), que pode levar à cassação dos mandatos dos três vereadores eleitos pelo Podemos em São Luís — Wendell Martins, Raimundo Júnior e Fábio Macedo Filho — foi protocolada na Justiça Eleitoral. O responsável pela ação é o suplente Matheus do Beiju (PL), que acusa o Podemos de não ter cumprido a cota mínima de gênero exigida para a participação feminina nas eleições municipais de 2024, especificamente na disputa proporcional na capital maranhense. A denúncia, alega a existência de candidaturas fictícias, com o único propósito de atender à cota de gênero.
A informação faz parte de levantamento com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A análise calcula a razão entre o valor de despesas de campanha apresentado à Justiça Eleitoral e o número de votos obtidos no pleito.