O caso do veículo encontrado com mais de R$ 1 milhão no porta-malas em São Luís será denunciado à Polícia Federal.
A informação é do deputado estadual Wellington, que subiu à tribuna na Assembleia Legislativa para afirmar que irá protocolar uma Representação junto à autoridade federal para seja instaurado um inquérito para apurar a origem do dinheiro achado no interior do carro.
Segundo o parlamentar, o valor encontrado pode ter relação com lavagem de dinheiro e desvio de verbas federais.
“Estamos protocolando uma Ação na Polícia Federal para que comece a dar a inicio às investigações. Porque o dinheiro, ao que parece não é de assalto a banco, de assalto a carro-forte, ao que se parece é desvio de recursos públicos. E não se sabe se é municipal, estadual ou federal e também há possibilidade de lavagem de dinheiro. Então crimes federais que podem ter sido cometidos, então estamos solicitando de forma oficial para que a polícia federal possa investigar esse veículo encontrado, esse recursos encontrados, com a possibilidade de desvio de recursos públicos e também de lavagem de dinheiro. Se por ventura não for identificado esses crimes federais, que repasse as investigações, as informações colhidas para a POlícia Civil para que possa dar prosseguimento. Esse dinheiro precisa ser desvendo a origem, quem é o proprietário, e os motivos que levaram aquele veículos ficar parado naquele local”, garantiu.
Assista a partir do 1h12m:
Na manhã desta terça-feira (6), o Departamento de Combate ao Crime Organizado da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (DCCO/SEIC) cumpriram mandados de buscas e apreensão nas residências contra Guilherme Teixeira, o “Guilherme Bucho” e Carlos Augusto Diniz da Costa, o “Makilas”, ex-assessores do deputado estadual Fernando Braide (PSD) e da gestão do prefeito Eduardo Braide (PSD) em São Luís.
Os alvos estão no bojo de uma investigação que apura o caso do carro encontrado com R$ 1,1 milhão no porta-malas na Rua das Andirobas, no Renascença, no dia 30 de julho.
A polícia tenta colher provas a respeito da participação de cada um no montante do dinheiro encontrado no porta-malas do carro no Renascença. O inquérito também quer saber a origem e qual seria o destino final do dinheiro.
Segundo as imagens já divulgadas na imprensa, Guilherme é o homem que deixando o veículo vermelho estacionado e logo em seguida é “resgatado” por um Honda Fit preto, que está em nome da mãe falecida de Eduardo Braide e Carlos “Makilas”, é o que surgiu repentinamente durante a descoberta do veículo no Renascença.
Na ocasião, Makilas disse aos policiais que era dono do Clio vermelho, mas que tinha emprestado a outra pessoa. Ele foi levado para a Seic para prestar esclarecimentos e preferiu ficar calado.
Os dois investigados pela Seic tem forte ligação com a família Braide.