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Caso Marggion: caseiro muda versão sobre morte de empresário

O Imparcial

Roubert Sousa acusou Alex Nascimento como o assassino a mando do Elias Orlando e o Júnior do Mojó. Foto: Karlos Geromy/OIMP/D.A.Press.
Roubert Sousa acusou Alex Nascimento como o assassino a mando do Elias Orlando e o Júnior do Mojó. Foto: Karlos Geromy/OIMP/D.A.Press.

A Justiça colocou frente a frente, na manhã desta quinta,13, os suspeitos de mandarem matar o empresário Marggion Lanyere Andrade, de 45 anos, e os responsáveis pela execução do crime. A acareação aconteceu na 1ª Vara de São José de Ribamar.

O empresário foi assinado com um tiro na nunca em outubro do ano passado por ter tornado público um esquema de venda ilegal de terrenos. O crime se deu no bairro do Araçagi. Depois de serem denunciados pelo Ministério Público está foi a primeira vez em que aconteceu a acareação. O espaço onde os suspeitos se encontram foi a sala de audiências da 1ª Comarca de São José de Ribamar.

A ação foi comandada pela juíza Lívia Maria das Graças Costa Aguiar, titular da 1ª Vara de São José de Ribamar. As oitivas tiveram início às 10h e se estenderam até cerca das 14h30. Nesse intervalo de tempo segundo informou a assessoria da1ª Vara de São José de Ribamar, “Clemilson Souza Moura e Júnior Mojó; Francisco das Chagas (suspeito de fazer parte do esquema que matou o empresário) e Elias Orlando Nunes Filho; além de Roubert Sousa dos Santos e Elias Orlando Nunes Filho” foram colocados frente a frente.

Participou deste momento Alex Nascimento de Sousa, de 23 anos; ele que é apontado com o responsável por ter atirado em Marggion Andrade. Também fizeram parte dessa ação Roubert Sousa dos Santos, de 19 anos, caseiro do empresário, conhecido como Louro suspeito de ter contratado o primo dele, Alex Nascimento, ex-presidiário para desferir os tiros que mataram o empresário.

Além deles participaram os mandantes do crime, de acordo com o que está arrolado no processo, o corretor de imóveis Elias Orlando Nunes Filho, de 58 anos e o ex-vereador de Paço do Lumiar, Edson Arouche Júnior, o Júnior Mojó, de 43 anos.

Durante os trabalhos de ontem foram interrogados novamente Roubert Sousa dos Santos e Alex Nascimento de Sousa. Eles que agora não possuem mais advogados particulares e têm suas defesas representadas por advogados da Defensoria Pública.

O menor de 16 anos que deveria integrar a acareação não compareceu. “Ele é inimputável e não deve ser julgado segundo o que estabelece o Código Penal, mas sim pelo Estatuto da Criança e do Adolescente [ECA]”, disse a assessoria da1ª Vara de São José de Ribamar. A Justiça de São José de Ribamar também intimou o tabelião substituto do cartório daquele município, Clemilson Souza Moura. A intenção foi atestar a veracidade dos documentos.

Segundo informou a assessoria da 1ª Vara de São José de Ribamar, onde corre o processo a grande novidade dessa vez ficou por conta do que disse Roubert Sousa dos Santos durante o interrogatório. “Roubert mudou o que antes afirmava. Ele não confirma mais de que teria havia um latrocínio [roubo seguido de morte]. Agora ele afirma que o executor do crime foi o Alex Nascimento a mando do Elias Orlando e o Júnior do Mojó”, esclareceu a assessoria.

O processo segue agora para as alegações finais a serem apresentadas pela acusação e pela defesa, respectivamente. Após a conclusão será então decidido sobre a pronúncia ou impronúncia dos réus, ou seja, se eles serão levados ou não ao tribunal do júri. Decisão que só deve ser conhecida em 2013. “Os advogados entrarão em recesso e só retornaram no próximo ano” informou a assessoria da 1ª Vara de São José de Ribamar.

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