O fluxograma acima mostra como funcionava o esquema de corrupção no transporte escolar do município de Caxias, durante a gestão de Léo Coutinho. A trama criminosa foi constatada pelos auditores da Controladoria-Geral da União (CGU). A rede fraudulenta envolvia gestores municipais, vereadores, empresas intermediárias contratadas e proprietários de veículos executores da prestação de serviço.
O relatório da CGU aponta que as empresas formalmente contratadas, vencedoras dos certames licitatórios mediante acertos políticos envolvendo gestores do Programa e membros do Legislativo municipal, são utilizadas como instrumentos de intermediação entre a Prefeitura e os proprietários de veículos sublocados que prestam os serviços de transporte escolar municipal.
As parcerias suspeitas foram evidenciadas a partir dos dados das empresas vencedoras dos processos licitatórios, consultados nos cadastros dos Sistemas CPF/CNPJ da Receita Federal e Macro-Ativa da CGU.
Durante o trabalho de fiscalização foi verificado que alguns vereadores foram doadores de campanha do atual prefeito de Caxias. Além de serem parentes de sócios de empresas que também beneficiaram Léo Coutinho, durante a campanha eleitoral de 2012.
A auditoria também contatou que ex-vereadores possuem “linhas” no transporte escolar, mas o serviço era executado por intermédio de outras empresas. Alguns desses ex-parlamentares, mantinham vínculo empregatício na gestão municipal.