Com um contundente discurso na tribuna, o deputado Raimundo Cutrim (PSD) voltou a afirmar categoricamente, na tarde desta segunda-feira (20), que não tem nenhum envolvimento com suposto esquema de grilagem de terras e muito menos com a morte do jornalista Décio Sá, assassinado a tiros, em São Luís, na noite de 23 de abril passado, em um bar localizado na Avenida Litorânea.
Utilizando todo o espaço do grande expediente, o deputado fez um extenso pronunciamento, dizendo que coisas estranhas estão acontecendo nos bastidores e, especialmente, na cúpula do Sistema de Segurança Pública do Estado, como parte de uma “campanha covarde e insidiosa” deflagrada com o intuito de desmoralizá-lo por completo na vida pública do Maranhão.
“Sempre achei que o maior patrimônio da pessoa, porque assim fui criado, é o nome, é a honradez, e eu sempre prezei o meu nome. Tenho um trabalho prestado no Brasil e no Maranhão. E o que estão tentando fazer comigo? Eu preferia que tirassem a minha vida a esse atentado ao meu nome e à minha honradez”, declarou Cutrim na tribuna.
Visivelmente emocionado, o deputado disse que só tem a lamentar os fatos estranhos que, segundo ele, estão ocorrendo no Sistema de Segurança Pública do Estado. Ao fazer sua defesa, Cutrim voltou a acusar o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, como o maior interessado em destruir a sua reputação como profissional e como parlamentar da Assembleia Legislativa do Maranhão.
“Todas estas orquestrações para me atingir estão sendo capitaneadas pelo secretário atual, o Aluísio, e seguidas por boa parte da imprensa, que é insidiosa. Mas quem é Aluísio? Aluísio é um agente da Polícia Federal que nunca trabalhou. Passou no concurso e foi para o Amapá, ficando sempre à disposição de gabinetes, de gabinetes em gabinetes, não sendo, portanto, um verdadeiro policial federal. Teve inclusive a sua prisão preventiva requerida pela Polícia Federal por traição à instituição”, afirmou Cutrim.