Fernando Collor de Mello (PTB-AL) é um dos 48 políticos investigados por suspeita de participação no forte esquema de corrupção da Operação Lava Jato. Segundo as investigações, o senador recebeu R$ 26 milhões entre 2010 e 2014, por pagamento de propina por contratos firmados pela BR Distribuidora.
O que chama a atenção na participação do ex-presidente, é que mesmo recebendo uma fortuna, o Supremo Tribunal Federal recebeu um pedido da defesa de Collor, para que os carros de luxo apreendidos na Operação Politeia , possivelmente comprados com parte do dinheiro desviado, sejam devolvidos. Entre eles, uma Ferrari, um Porsche e um Lamborghini que estavam na Casa da Dinda, residência oficial na época em que o atual senador era presidente da República.
As investigações apuraram que as prestações do financiamento do Lamborghini estão atrasadas. Vai entender.
Contudo, o grupo de trabalho que atua na Lava Jato é contra a devolução dos carros sob o argumento de que há indícios de que os veículos são “produto do crime”. Dois dos veículos são propriedade da Água Branca Participações, empresa de Collor que, conforme investigadores, não tem funcionários e é usada para lavagem de dinheiro.