Através de uma liminar decretada pelo juiz federal Jorge Ferraz de Oliveira Junior, o Consórcio dos Municípios da Estrada de Ferro Carajás no Maranhão (COMEFC), foi notificado em caso de participação em qualquer tipo de manifestação que ocorra ao longo da ferrovia. Na decisão liminar, o COMEFC pagará R$ 100 mil reais em caso de descumprimento da mesma, e deve permanecer a uma distância mínima de 30 metros dos trilhos.
A VALE alega que as manifestações estão sendo lideradas por membros do consórcio e afirma que as paralisações causam sérios prejuízos ao mercado de transporte internacional. O consórcio já realizou 16 audiências públicas, entretanto nas duas últimas, no município de Alto Alegre do Pindaré e Monção, respectivamente, houveram interdições, motivadas pela própria comunidade atingida.
O consórcio entende que apoiar manifestações que caracterizam luta na qualidade de direitos básicos, não significa anular os lucros da maior mineradora do mundo. A empresa se mantém preocupada com a qualidade de compromissos comerciais, mas esquece de cuidar das comunidades que margeiam sua ferrovia e possuem um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país.
Em momento algum, o consórcio liderou qualquer tipo de manifestação ocorrida ao longo da EFC, mas sim, apoiou uma atitude levantada pelo povo do Maranhão. As audiência públicas tem o objetivo de promover diálogos entre as comunidades e gestores públicos, uma vez que a população é detentora de todas os sofrimentos e mazelas causadas pela ferrovia.
A falta de respostas e ações concretas por parte da VALE vem incomodando há mais de 30 anos os municípios atingidos. De forma pacifica, eles levantam uma bandeira de respeito, mas esperam que as promessas saiam do campo da intenção e se tornem concretas.
O consórcio continua visitando os municípios impactados pela Estrada de Ferro Carajás e luta para continuar com seu maior aliado: O POVO DO MARANHÃO.