A Comissão de Ética da Câmara Municipal de São Luís pretende dar início às investigações de denúncias envolvendo o vereador Domingos Paz (Podemos), suspeito de assediar sexualmente ao menos seis mulheres, incluindo uma adolescente de 14 anos.
Dois casos já foram formalizados à polícia, na Casa da Mulher Brasileira, e na Delegacia da Criança e do Adolescente (DPCA). Em uma das denúncias, Domingos Paz tentou marcar um encontro, por meio de um aplicativo de mensagens, com a ex-conselheira tutelar Gleice Salazar.
A sugestão do vereador incluía um encontro fora do expediente de trabalho. A ex-conselheira tutelar, no entanto, recusou o convite, questionando-o, também, sobre o teor das mensagens enviadas. Domingos Paz chegou a apagar parte das mensagens, que foram registradas, na íntegra, pela vítima.
Em outra denúncia, o vereador, por meio de um aplicativo de mensagens, sugeriu a uma adolescente de 14 anos que ‘ninguém poderia saber’ da conversa entre ambos. A mãe da adolescente, que acompanhou a troca de mensagens, disse que o vereador ofereceu dinheiro para sair com a filha.
Comissão de Ética aguarda chegada de denúncias
O presidente da Comissão de Ética da Câmara Municipal de São Luís, vereador Nato Júnior (PDT), explicou que o caso chegou ao seu conhecimento por meio da imprensa. Segundo Nato Júnior, um procedimento legal, relacionado às denúncias, precisa chegar à casa legislativa para ser instaurado.
“Nós não temos, lá na Câmara [Municipal de São Luís] nenhum pedido que chegou ao Conselho de Ética ou à mesa da casa [legislativa]. Então, é aguardar que esse pedido chegue. Ser, por ventura, chegar; aguardar, também, da Justiça, que, com certeza, a Câmara não vai se furtar do seu papel de dar esclarecimentos à sociedade”, concluiu.
Em pronunciamento no plenário da Câmara Municipal, nessa segunda-feira (12), Domingos Paz afirmou que as denúncias se tratam de uma tentativa de ‘destruição’.
“Lançaram uma nota para querer acabar destruindo a minha base, que é a família, a minha base que é a minha igreja, a minha base que é a sociedade, mas não vai conseguir. Acusações podem vir, mas prova não tem”, disse.
Do G1,MA