O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados arquivou ação contra o deputado maranhense Márcio Jerry (PCdoB) por importunação sexual. Ele foi acusado de assediar a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) em audiência com o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB) na Comissão de Segurança Pública da Casa.
Nas redes sociais, o parlamentar comemorou a decisão e afirmou que houve “Vitória da verdade e da justiça”. O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da @camaradeputados aprovou hoje o arquivamento por ausência de justa causa da absurda representação do PL contra mim. Decisão importante para esclarecer de vez a grave e absurda acusação de que eu teria cometido assédio contra deputada bolsonarista. Vitória da verdade e da justiça !”, escreveu.
Jerry era alvo de representação ingressada pelo PL por quebra de decoro, acusado de importunação sexual contra a deputada Julia Zanatta (PL-SC), episódio registrado durante uma audiência conturbada com o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB).
Na ocasião da acusação de importunação sexual, Jerry encostou por trás na deputada Júlia Zanatta e cochichou algo em seu ouvido no momento em que ela discutia com a deputada Lídice da Mata (PSB).
Logo em seguida Zanatta protestou contra Jerry pela ‘encostada’, e o comunista deixou o local rapidamente, indo em direção a aliados.
O caso ganhou forte repercussão horas depois, quando imagens da cena passaram a circular nas redes sociais.
Jerry sempre classificou a denúncia de absurda e se colocou na posição de vítima de uma armação feita pela deputada de Santa Catarina.
Pedido de desculpas
Na reunião do Conselho, o deputado Marcio Jerry afirmou que nada do que houve em seu comportamento caracteriza importunação sexual ou violência política de gênero, mas pediu desculpas à deputada.
“Eu já pedi e reitero à senhora pedido de desculpas pelo que isso gerou, porque a repercussão que isso tem gerou problemas para a senhora, claro, como gerou a mim também”, disse Jerry.
“Sinteticamente, reafirmo minha convicção absoluta de não ter tido intenção nenhuma, naquela abordagem, de ofender a senhora deputada. O que fiz naquele debate foi para defender a deputada Lídice da Mata.”
O parecer do deputado Ricardo Maia pela absolvição foi aprovado por 10 votos a 5.