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Declarações de delegado fortalecem decisão de desembargador

Por Milton Corrêa da Costa

As declarações  do Delegado Alan Luxardo da Delegacia de Homicídios de Niterói (RJ) à imprensa, nesta quinta-feira 22/11, de que só apresentará as provas reunidas contra o Coronel Djalma Beltrami na conclusão do inquérito fortalecem ainda mais a decisão do desembargador Paulo Rangel, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro,  que concedeu o habeas corpus ao militar em questão. Ou seja, ao efetuar o pedido de prisão não existiam ainda provas ou indícios concretos que justificassem o cerceamento da liberdade do então Comandante do 7o BPM. Assim sendo o pedido de prisão não foi, até aqui, tão “tecnica e criteriosa” como declara a autoridade policial em sua defesa.

É bom lembrar também que o  coronel Djalma Beltrami, neste lamentel episódio, sofreu até aqui grave ofensa à sua honra, foi submetido à execração pública, teve sua liberdade cerceada por 40 horas, teve consequentes danos em sua saúde, além dos transtornos em sua família e está afastado do comando do 7o BPM, até para preservar a sua própria imagem e a sua saúde emocionalmente abalada.

E quem deu origem até aqui ao dano moral e físico ao militar,  a autoridade que publicamente o condenou por ‘achismo’, será que teve mais prejuízos do que o coronel? O que chama a atenção é que a referida autoridade policial ainda insiste, com as declarações de ontem, sem apresentar as provas concretas,. em colocar sob suspeita, perante a opinião pública, a honra do coronel Beltrami, dizendo somente nas conclusões do inquérito as provas serão apresentadas.

Sou solidário ao coronel Djalma Beltrami na defesa de sua honra. Um oficial, até aqui, de conduta ilibada e altamente ética e profissional. Não se tem o direito de duvidar da honra e expor à execração pública, sem provas concretas, nenhum cidadão. Vivemos sob o regime de um estado democrático direito onde os direitos e garantias consitucionais devem ser observados em toda sua plenitude. A honra de um cidadão ilibado é um bem incalculável. Não se pode esquecer.

Milton Corrêa da Costa
Coronel da reserva da PM do Rio de Janeiro

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