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Delegado da Seic diz que dinheiro encontrado no “Carro do Milhão” pode ser propina

O escândalo do “Carro do Milhão” ganha mais um capítulo. Em entrevista à TV Mirante, o superintendente estadual de Investigações Criminais (Seic), delegado Augusto Barros, afirmou que o dinheiro encontrado no porta-malas do veículo Renault Clio vermelho pode ser oriundo de pagamento de propina.

Segundo Barros, a principal linha de investigação segue a hipótese de que o valor milionário possivelmente tem relação com desvio de verba pública, que resultaria em pagamentos irregulares à agentes públicos.

“Esses dados têm sido trabalhados dentro do bojo da investigação, para que a gente possa definir se há relevância, na investigação, ter essa casa como tendo algum tipo de correlação com o problema que está sob investigação, ou não. A linha de investigação atual é que esse dinheiro, sim, pode ter correlação com algum tipo de desvio de recurso público, algum tipo de recebimento de propina”, declarou o superintendente da Seic.

O caso do “Carro do Milhão” veio à tona após a Polícia Militar encontrar mais de R$ 1 milhão em veículo estacionado há mais de 15 dias na rua das Andirobas, do bairro Renascença, em São Luís.

Desdobramentos das investigações mostram que o carro foi deixado na via na qual fica localizada uma casa registrada como sede da empresa, C. S. Loiola Braide, que tem como proprietáriaa médica Clarice Sereno Loiola Braide, esposa de Antônio Braide, irmão do prefeito Eduardo Braide, e do deputado estadual Fernando Braide, ambos do PSD.

Pelas imagens das câmeras de monitoramento da rua é possível ver que o Clio foi “abandonado” no local por Guilherme Teixeira, conhecido como Guilherme Bucho, que tem fortes ligações com a família Braide. Ele foi assessor do prefeito à época em que era deputado federal e também ocupava cargo no gabinete de Fernando Braide na Assembleia Legislativa.

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