Categorias

Deputados repudiam ato e querem investigação sobre dança erótica na UFMA

Os deputados estaduais Yglésio Moyses (PRTB) e Wellington do Curso (Novo), e o deputado federal Duarte Júnior (PSB) repudiaram o ato obsceno provocado pela historiadora e cantora Tertuliana Lustosa durante o I Encontro de Gênero do Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política (Gaep) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Na ocasião do ato, Tertuliana subiu à mesa e virou-se de costas para o público para mostrar as nádegas e com palavras de baixo calão e conotação sexual, afirmou que estava no ambiente para “educar com o c…”

Após o presidente da Comissão de Educação da Câmara Federal, Nikolas Ferreira, pedir investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e sugerir a exoneração de professores da UFMA que tiverem sido coniventes com o ato, os parlamentares maranhenses também se movimentaram.

Yglésio afirmou que acionará o Ministério Público Federal (MPF) contra o reitor da UFMA, Fernando Carvalho Silva.

“O caso é para afastamento imediato de professores sob pena de omissão da reitoria e responsabilidade conforme estatuto dos servidores. Chega de notinha de esclarecimento apócrifa sem-vergonha querendo passar panos quentes e tratar a sociedade como imbecil”, disse.

Wellington do Curso acionou o MPF, a reitoria da UFMA e o Ministério da Educação para cobrar explicações.

“Universidade é para estudo e não para orgia. É imprescindível que o Ministério Público investigue com rigor o evento ‘Gênero para Além das Fronteiras’, pois há indícios preocupantes de que práticas criminosas, incluindo crimes sexuais, possam ter ocorrido. Não podemos permitir que encontros desse tipo, que promovem ideologias contrárias aos valores da nossa sociedade, sejam realizados sem o devido acompanhamento e responsabilização dos envolvidos”, disse Wellington.

Já Duarte Júnior pediu investigação a respeito de eventual aplicação de recursos públicos no ato que promoveu depravação e ridicularização do ambiente acadêmico.

“A nossa luta por uma educação pública, de qualidade e inclusiva é muito diferente disso”, disse.

E completou: “Não podemos aceitar que recurso público seja utilizado para apresentações como essa […] A universidade é um espaço de debates, questionamentos e manifestações, mas esse tipo de apresentação somente nos afasta de pautas fundamentais para o desenvolvimento da educação, especialmente no que diz respeito à inclusão e à diversidade”, pontuou.

Outro lado

Logo após a repercussão do caso, a protagonista da cena, Tertuliana Lustosa afirmou à imprensa não ter ficado surpresa com o repúdio expressado pela instituição e pelas demais pessoas.

“Não fico surpresa, não. Inclusive, já aconteceu essa repercussão outras vezes no ano passado. Existe muito preconceito, pois a minha pedagogia liberta e traz a linguagem do paredão e do pagode baiano que é marginalizado, criminalizado e subjugado”, declarou.

Do Imirante.com

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *