Não tenho o dom da adivinhação e, também graças à imprevisibilidade da política, não posso afirmar com absoluta certeza o resultado de uma eleição que ocorrerá apenas daqui a uma semana.
À parte isso, inúmeros indicadores apontam a derrota de João Castelo (PSDB) – entulho da ditadura ainda vagando pela vida política brasileira – na sua tentativa de reeleição à prefeitura de São Luís (MA).
A péssima avaliação do governo “Caostelo” e a alta rejeição do tucano, próxima a 40%, segundo vários institutos; o próprio resultado do 1º turno (na véspera da eleição o Ibope cravou 36% para Castelo e 31% para Holanda, mas as urnas revelaram justamente o inverso) e a ampla adesão ao candidato do PTC por parte de vereadores eleitos e de lideranças partidárias que apoiaram outros nomes na primeira etapa da disputa, entre outros fatores, sugerem a veracidade das pesquisas que dão Edivaldo Holanda Jr. como o vencedor da eleição do próximo domingo (28).
Caso o triunfo se confirme, este significará uma tripla vitória do campo liderado pelo ex-deputado federal Flávio Dino (PCdoB): sobre os tucanos, sobre a família Sarney (que age na surdina para impedir o fracasso de Castelo) e sobre a parte do PT maranhense que foi subjugada à oligarquia mais longeva do País.
Para o grupo de Dino, conquistar a prefeitura da capital, que concentra cerca de 15% do eleitorado e 40% da riqueza do estado, é uma tarefa fundamental rumo à disputa de 2014.
Daqui a dois anos, o único nome viável da oligarquia para suceder Roseana Sarney será o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), que enfrentará a campanha com 77 anos.
Caso o clã Sarney aplique uma rasteira em Lobão e opte por construir outra via, a batalha fratricida – provavelmente entre o super-secretário Luís Fernando Silva – será deflagrada no seio do grupo e a derrota dificilmente será evitada.
O futuro êxito eleitoral da oposição de esquerda (ainda que certos elementos conservadores/fisiológicos componham a coalizão) costurada por Flávio Dino, entretanto, além da aposentadoria forçada de Castelo, dependerá de uma grande administração de Edivaldo Holanda Jr., obra que não será fácil, após quatro terríveis anos do PSDB à frente da prefeitura, que agravaram ainda mais os sérios problemas estruturais da cidade.
Vale lembrar que, após o fim da ditadura, em 1985, a população de São Luís jamais experimentou uma grande gestão municipal. Jackson Lago conseguiu ter dois governos (1989-1992 e 1997-2000) relativamente bons, mas jamais uma gestão que pudesse ser considerada excelente.
Além destes dois desafios – a vitória no 2º turno e uma grande administração – na capital, Flávio Dino e seus aliados terão ainda que demonstrar fôlego e competência para outra ação vital: articular os atores políticos do interior do estado e a chamada “sociedade civil organizada” de esquerda e/ou anti-oligárquica, hoje bastante fragmentada com o deslocamento do PT para o campo do “El Bigodón” e com a passagem de Jackson Lago e a desestruturação do PDT, historicamente de larga capilaridade nas grandes cidades e na periferia de São Luís.
De qualquer modo, no domingo vindouro poderá ter início a transformação do cenário político maranhense das próximas décadas.
Por Rogério Tomaz Jr., no blog Conexão Brasília-Maranhão:
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