O manejo do lixo no Hospital Municipal Benito Mussoline Sousa de Vargem Grande está sendo feito de maneira irregular e coloca a vida de pacientes em risco, aponta o relatório do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus).
Segundo a auditoria, que foi realizada entre 12 a 18 de março de 2017, foi constatado que o resíduo sólido é armazenado temporariamente até sua coleta, em abrigo externo, cujo ambiente não atende a RDC/ANVISA nº 306, de 07/12/2004.
Além disso, os auditores detectaram a ausência de sacos plásticos que resistam às ações de punctura e ruptura para acondicionamento do lixo hospitalar, o hospital não dispõe de carro próprio para o transporte interno do lixo, não existe depósito específico para descarte de materiais perfurocortantes, sendo os mesmos improvisados.
“O local é precário, pois não está identificado, não conta com porta provida de tela de proteção contra roedores e vetores; não dispõe de água, tomada elétrica, canaletas de escoamento de águas servidas direcionadas para a rede de esgoto do estabelecimento e não conta com ralo sifonado com tampa que permita a sua vedação”, detalhou o Denasus.
O relatório revela ainda que o hospital Benito Mussoline Sousa não possui o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS, documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observada as suas características e riscos, no âmbito dos estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como as ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente.