O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), acaba de indicar o subsecretário de Administração Penitenciária do Maranhão, Rafael Velasco Brandani, para assumir a Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
De acordo com Dino, o policial tem experiência na área, tendo atuado em Minas Gerais também.
A indicação de Brandani substituiu o nome do coronel da polícia militar, Nivaldo César Restivo, que desistiu de assumir a pasta após a repercussão negativa gerada pela sua participação na ação policial conhecida como Massacre do Carandiru, na qual 111 detentos foram mortos, em 1992, na zona norte da capital paulista.
Críticas
Flávio Dino tem sido bombardeado por duras críticas de aliados e apoiadores do presidente eleito Lula, sobre a composição do Ministério de Justiça. A própria equipe do socialista, integrantes do grupo de Trabalho de Transição de Segurança Pública e Justiça, assinou uma nota manifestando “constrangimento, decepção e vergonha” pela indicação do coronel Restivo para a Secretaria Nacional de Políticas Penais.
O futuro chefe do Ministério da Justiça também foi questionado sobre a escolha do nome de Edmar Moreira Camata para o cargo de diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e após ser duramente censurado, ele anunciou o nome de Antônio Fernando Oliveira.
A indicação de Camata irritou petistas e outros nomes da transição pelo fato de o policial ter apoiado a operação Lava Jato e a prisão do agora presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.