Ex-juiz federal, o futuro ministro da Justiça Flávio Dino já foi filiado ao PT, ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e tem como grande feito de sua carreira política encerrar o domínio da família Sarney no Maranhão em 2014 quando, no PCdoB, venceu em primeiro turno a eleição para o governo tendo o PT na coligação adversária.
Agora mais uma vez aliado ao PT e anunciado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira como futuro integrante do gabinete, Dino, de 54 anos, abraça uma tarefa complexa, com o comando das polícias federal e rodoviária, que abrigam tensões internas após os anos de influência do bolsonarismo.
O ex-juiz pretende revogar medidas adotadas pelo atual presidente, como a ampliação de poderes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e decretos pró-armas, além de ter um foco especial na pasta para o combate de crimes ambientais, principalmente na Amazônia, com a criação de uma unidade especial na Polícia Federal apenas para isso.
“Há uma espécie de combo de crimes hoje na Amazônia. Você tem narcotraficantes fazendo tráfico de drogas e, ao mesmo tempo, fazendo garimpo ilegal. Você tem exploração ilegal de madeira ou comercialização ilegal de madeira, feita também por quem opera lavagem de dinheiro, de garimpo ilegal”, disse Dino em entrevista recente à Reuters.
O futuro ministro também recebe uma pasta que pode mudar durante o mandato. Nesta sexta, Lula disse manter o interesse de criar um ministério para a Segurança Pública, como havia sido sugerido na campanha, com o fatiamento da atual pasta da Justiça. Disse, no entanto, que o momento de fazer a alteração não é agora.
“Vamos primeiro arrumar a casa e depois vamos começar a trabalhar a necessidade de recriar o Ministério da Segurança Pública”, disse o presidente eleito.
Do UOL
Ele vai acabar com a PRF e com a PF assim como ele acabou com as Polícias Militar e Civil do Estado do Maranhão, depois vai olhar para o Lulalau e vai dizer MISSÃO CUMPRIDA.