Em busca da aprovação no Senado para virar ministro do STF, Flávio Dino vai usar a imagem de “homem de família” para ganhar os votos da ala evangélica.
A estratégia tem sido definida em encontros com parlamentares da base para aparar arestas com a oposição. Senadores mais próximos, como Eliziane Gama (PSD-MA), estão apresentando Dino como um homem de família, muito católico e atento às questões sensíveis ao grupo, nos contatos com parlamentares evangélicos e conservadores.
Eliziane articulou um encontro de Dino com a frente evangélica para a semana que vem. O ministro da Justiça foi indicado na segunda-feira (27) pelo presidente Lula (PT) ao Supremo Tribunal Federal. O nome dele precisa ser aprovado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e depois no plenário da Casa.
O governo Lula também tem se comprometido em agilizar o pagamento das emendas no Senado. A demora tem sido criticada com frequência entre parlamentares.
Além disso, tem prometido que ministros da Esplanada vão receber os senadores. A reclamação é que os parlamentares não têm acesso a alguns ministros de áreas importantes, como o da Educação, Camilo Santana, e a da Saúde, Nísia Trindade.
Senadores mais otimistas avaliam que Dino deve conseguir ao menos 50 votos. É esperado para os próximos dias um encontro do ministro com a bancada do PSD. O grupo pode dar 14 votos pela indicação — ao menos 10 são considerados certos a favor de Dino.
Entre a oposição, é estudado que encontros com Dino sejam realizados fora do ambiente da Casa, como por chamadas, evitando uma exposição. Alguns, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), já marcaram posição contrária à indicação e dizem que não faria diferença ser procurado pelo ministro.
Outros, no entanto, pontuam que a visita e o diálogo fazem parte da política, mas já afirmam que votarão contra a indicação. É o caso do senador Eduardo Girão (Novo-CE).
ntem, Dino esteve no Senado para reuniões. Esteve com o primeiro vice-presidente da Casa, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), e com o senador Weverton Rocha (PDT-MA), relator de sua indicação na CCJ.
O plano é começar o “beija-mão” com senadores aliados e só depois partir para a oposição. A expectativa é que Dino intensifique as agendas na próxima semana. O Congresso está esvaziado nesta semana, em decorrência do feriado distrital do Dia do Evangélico, e muitos senadores voltaram para os seus estados.
“No momento em que o presidente da República faz a indicação, evidentemente, mudo a roupa que visto. Essa roupa de hoje é em busca do apoio do Senado. A roupa que vou vestir se merecer a aprovação é a roupa que vestirei sempre, que independe de governo ou oposição”, disse Flávio Dino, ministro da Justiça indicado ao STF.
Do UOL
Se algum envangélico votar nesse comunista, pode mandar direto pro inferno, pois o verdadeiro cristão não compactua com essas farsas deste cidadão.
Dino é um homem de família.
Tem uma família sim. Não me lembro se o mesmo já esteve envolvido em algum caso contrário a família.
Do jeito que você (Neto Ferreira) fala, dá de entender que ele teve ou tem algum problema com a sua familia ou com algum ato contrário a família.
Se não gosta do cara não faz esse jogo.
Ele é um cara sério. Sempre trabalhou de forma justa, limpa e honesta.
Foi deputado federal, governador e hoje é senador e ministro ainda não temos nada que desabone sua vida pública e muito menos familiar.
Mais respeito.