O governo federal trocou nesta sexta-feira (25) o diretor-geral da Polícia Federal. O delegado Márcio Nunes de Oliveira assumirá o cargo no lugar de Paulo Maiurino, que estava na função desde abril do ano passado.
A mudança no comando da PF foi publicada no “Diário Oficial da União” e é assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
A Polícia Federal é vinculada ao Ministério da Justiça e, segundo o ministro da pasta, Anderson Torres, Paulo Maiurino passará a comandar a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas.
“Hoje convidei o DG da @policiafederal, dr Paulo Maiurino, para assumir a relevante função de secretário da Senad no @justicagovbr. Em seu lugar, na PF, assume o dr Márcio Nunes que, como secretário-executivo do @JusticaGovBR, nos deixa um grande legado”, publicou Torres em uma rede social.
O atual chefe da Senad é Luiz Roberto Beggiora. A secretaria, que cuida de temas como a uso de bens apreendidos com criminosos em ações de combate à drogas, tem em sua estrutura a Diretoria de Gestão de Ativos (DGA) e Diretoria de Políticas Públicas e Articulação Institucional (DPPA).
Trocas no comando da PF
Quando anunciou a saída do governo, em abril de 2020, o então ministro da Justiça, Sergio Moro, disse que o presidente Jair Bolsonaro o havia pressionado a trocar o comando da Polícia Federal.
Na ocasião, quem ocupava o posto era Maurício Valeixo, ex-superintendente da PF no Paraná. Bolsonaro exonerou Valeixo em 24 de abril de 2020 e, no mesmo dia, Moro pediu demissão do Ministério da Justiça.
O presidente, então, nomeou para o cargo de diretor-geral da PF Alexandre Ramagem, diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Ramagem é amigo da família Bolsonaro e teve a nomeação suspensa por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que atendeu a um pedido do PDT. Moraes entendeu ter havido desvio de finalidade na nomeação.
O governo, então, em maio de 2020, nomeou Rolando Alexandre de Souza para a função de diretor-geral da PF. Rolando de Souza era subordinado a Ramagem na Abin quando foi nomeado e permaneceu no cargo até abril de 2021, quando Paulo Maiurino assumiu a função, indicado pelo ministro Anderson Torres.