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Dois dias após o resgate de quatro detentos do Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, o G1 voltou ao local nesta terça-feira (7) e constatou que não só o local usado para a fuga continua sem cerca elétrica, mas vários trechos da lateral da unidade prisional também apresentam falhas.
O local utilizado para fuga desse domingo (5) foi o mesmo onde um muro havia sido derrubado por uma caçamba para facilitar o resgate de seis presos, em setembro de 2014. A parede foi reconstruída no dia seguinte, mas a estrutura continua sem cerca elétrica desde então.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Estadual de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) e, assim como nas solicitações anteriores, a assessoria não se pronunciou sobre o assunto.
O secretário de Segurança Pública do Estado Jeferson Portela já havia afirmado, em entrevista ao G1 concedida nessa segunda-feira (6), que o problema seria resolvido imediatamente.
“Não tem o que se esperar. São medidas administrativas de pronta-intervenção. Não tem o que esperar. Não pode, não tenho nenhuma dúvida ao falar isso”, afirmou Portela.
Oito criminosos chegaram em três carros e, atirando, subiram o muro dos fundos com uma escada. Eles usaram uma corda para que os quatro presos subissem para a fuga. Eles já haviam serrado as grades de uma das celas e aguardavam no pátio interno.
Um relatório mostra que, mesmo com informações sobre o plano de ataque à Penitenciária de Pedrinhas, a polícia não conseguiu evitar a fuga dos detentos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o sucesso da ação criminosa foi resultado de uma falha na intervenção policial.