A imagem publicitária da pré-campanha do senador Edinho Lobão (PMDB) é um fiasco. A foto com as mangas da camisa arregaçadas ficou parecida com desafio para briga de rua.
Algo parecido com os bordões do tipo ‘quer engatar?’, muito comum nos anos 1970 e 1980 nos bairros da São Luís bucólica e provinciana, antes do surgimento das gangues e do crime organizado.
Ele próprio já havia dito ao amigo Lula que é puro sangue, bom de briga.
Os publicitários tentaram associar o senador a um empreendedor, o homem que tira o paletó e dobra a camisa para para trabalhar pelo Maranhão.
Isso não cola na cabeça do eleitor. Edinho não segura nem o primeiro round eleitoral, é ruim de debate e já começa com o estigma de político sem voto.
É sabido que o primogênito da família Lobão virou senador sem um sufrágio, pois ascendeu à Câmara Alta como suplente do próprio pai, o ministro Edison Lobão (PMDB).
Os marqueteiros também mudaram o nome do candidato. Edinho virou Lobão Filho. A ideia é associá-lo ao pai, desfazendo o estigma do homem de negócios maldosamente pejorativado por uma alcunha relacionada a supostos percentuais cobrados para execução de obras no Maranhão.
Mudaram o nome, mas não o homem. Edinho é o que é. Um legítimo representante da oligarquia Sarney que há 50 anos amaldiçoa o Maranhão.
Cada dia mais perdidos, os marqueteiros dos Leões já não sabem o que fazer com os Lobão. E inventam qualquer coisa, como esta foto sem qualquer sentido utilitário.
Com as mangas arregaçadas, Edinho pode ser mal entendido pelo eleitor, que, em vez de tê-lo como candidato, pode vê-lo como inimigo ou adversário em briga de rua.
Quem vai encarar?