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Eliziane tenta justificar traição contra Weverton Rocha: “não houve mudança de posição”

A senadora Eliziane Gama (Cidadania) tentou justificar a traição cometida contra o senador e pré-candidato ao governo do Maranhão, Weverton Rocha (PDT) ao afirmar que não mudou de posição ao anunciar apoio a pré-candidatura à reeleição do governador, Carlos Brandão (PSB), mesmo tendo prometido que iria embarcar no projeto eleitoral do pedetista. (reveja aqui). A declaração foi dada em entrevista ao jornalista Clóvis Cabalau, do quadro Bastidores, da TV Mirante.

Gama argumentou que sempre esteve ao lado do grupo governista e trabalhou prol da unificação do mesmo. “Eu quero lhe dizer, que da mesma forma que estive, inclusive estou com colega senador Weverton Rocha para o Senado Federal, estive e estou com [Carlos] Brandão. Estivemos na campanha do Brandão como vice-governador, estivemos na campanha do [ex-] governador Flávio Dino, agora como [pré-candidato a] senador. Então não houve nenhuma mudança de posição, ao contrário, nós estamos trabalhando para que todo nosso grupo possa estar unificado”.

Questionada em que se sustentava a decisão em apoiar o socialista, a senadora alegou que a candidatura de Brandão é a mais ideal e adequada para ganhar as eleições e dar continuidade às ações implementadas pelo ex-governador Flávio Dino (PSB).

“Ela sustenta grupo, sustenta unidade em um projeto de crescimento protagonizado pelo [ex] governador Flávio Dino, que foi iniciado desde 2010, quando governador, na verdade desde 2014, quando governador, agora em 2018 na sua reeleição, e ao nosso lado, tanto eu, quanto Weverton, quanto Carlos Brandão, ele desenvolveu grande projetos em várias áreas. Nós vínhamos, na verdade, de um debate, de pré-campanha, é absolutamente natural que nesse debate de pré-campanha haja as candidaturas que de fato possam ser apresentadas e se apresentou ai a candidatura do Weverton [Rocha], candidatura do[Carlos] Brandão, numa primeira rodada havia uma apresentação de viabilidade em relação da candidatura do colega Weverton [Rocha], que foi num momento que a gente fez de fato a manifestação”.

Eliziane frisou que a união sempre foi priorizada dentro do grupo dinista para viabilizar uma candidatura capaz de ganhar as eleições. Ela reforçou ainda que Carlos Brandão se apresentou viável para esse objetivo e, portanto, recebeu apoio dos demais integrantes.

“O que sempre colocou é que dentro do grupo a gente precisa de uma candidatura viável para ganhar a eleição e dá continuidade a todos a esses avanços que foram iniciados pelo [ex-]governador Flávio Dino e o [governador] Carlos Brandão apresentou essa viabilidade, e apresentando essa viabilidade, nós entendemos que agora nós precisamos do grupo e precisamos dar continuidade a esses programas, a essas ações que conduzidas e protagonizadas e são ainda protagonizadas pelo governador, agora pré-candidato ao senado, Flávio Dino.”

Ao tomar a decisão em declarar apoio a Brandão, a parlamentar garantiu que procurou o senador Weverton Rocha para informá-lo sobre a sua nova posição e disse ainda que fez um apelo ao pedista para que ele desistisse do projeto e voltasse ai grupo de Flávio Dino e recebeu uma resposta negativa.

“Ao entender que havia viabilidade da candidatura do Brandão e que era a ideal e adequada para que nós pudéssemos da continuidade a esse grande grupo no estado, eu conversei com Weverton. Falei para ele da necessidade da unidade do grupo. Pedi, fiz um apelo a ele que se juntasse a toda a essa unidade. Ele naturalmente não aceitou, inclusive depois colocou isso nas redes sociais e é absolutamente legítima a posição dele. Inclusive tem tempo até lá, nós temos alguns meses de pré-campanha eleitoral, até lá o próprio colega Weverton Rocha poderá fazer uma análise sobre isso. Ele tomando uma decisão em se juntar ao grupo não é nada diferente, diferente se a gente fosse para um outro campo político que não é o nosso, ele viria com absolutamente tranquilidade. Se ele decidi em da continuidade a candidatura dele, terá toda legitimidade e o respeito de todos. Porque faz parte do processo democrático, mas entendo que neste momento o ideal e o adequado de fato é darmos continuidade a um campo político que nós consolidamos hoje no Maranhão, campo mais progressista, o campo que hoje capitaneado e conduzido pelo governador Flávio Dino”.

Em outro trecho da entrevista, a senadora do Cidadania foi questionada se foi procurada por Dino e Brandão para abandonar Weverton e se aliar de vez aos socialistas. Ela negou e garantiu que mantém contato direto com os dois gestores. E disse ainda: “Nunca houve uma decisão pessoal, tudo é uma decisão de grupo”.

“Sempre falei com Flávio Dino, todos os dias praticamente, toda semana, eu sempre falei com o governador, não de hoje, sempre. Conheci Flávio Dino em 2006, de lá para cá criamos uma amizade pessoal, e naturalmente, decidi. Lá atrás quando decidi em relação a Weverton conversei com Flávio Dino. então nunca foi nada individual, na verdade sempre foi em torno de um projeto.”

Eliziane Gama ainda teceu elogios à Brandão e explicou que são amigos, tendo cumprido várias agendas oficiais juntos.

“Há unidade do grupo, e eu como senadora e eu também como líder desse processo, da mesma forma como o colega Othelino [Neto], presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão e outros colegas mais que decidiram caminhar em torno de uma decisão que o governador Flávio Dino entendeu que era adequado para o momento que era o Carlos Brandão, entendemos dessa forma, como em outro momento poderá ser outra candidatura”.

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