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Empresa alvo da PF movimentou contratos de R$ 10 milhões na gestão de Francisco Nagib em Codó

Alvo da operação Remix, deflagrada pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (10), a empresa Laevio S. de Andrade, de propriedade do DJ Laévio, operou movimentando mais de R$ 10 milhões na gestão do ex-prefeito de Codó, Francisco Nagib.

Levantamento feito no Portal da Transparência da Prefeitura de Codó mostra que o produtor musical firmou diversos contratos para fornecer equipamentos de sonorização para eventos entre os anos de 2017 e 2020.

Segundo os dados, a gestão de Nagib autorizou, pelo menos, 18 acordos contratuais, que somados chegam a R$ 10.267.584 milhões, sendo que em 2017 a empresa recebeu R$ 1.598.700,00 milhão, em 2018 R$ 1.138.700,00 milhão, em 2019 R$ 3.085.294,00 milhões e em em 2020 R$ 4.444.890,00 milhões.

Os contratos milionários despertaram a atenção da Polícia Federal, que decidiu investigá-los, e nessa quinta-feira (10), deflagrou a operação Remix com objetivo de combater fraudes em licitações, desvios de recursos públicos, formação de associação criminosa e lavagem de dinheiro em contratos relacionados à organização de eventos musicais e aluguel de equipamentos em Codó.

Os federais cumpriram três mandados de busca e apreensão e um dos alvos foi os endereços ligados ao DJ Laévio Andrade.

As investigações indicam que recursos provenientes de contratos com empresas de fachada foram desviados e transferidos para contas de terceiros sem vínculo com os serviços contratados. O montante desviado ultrapassa R$ 2,5 milhões, segundo a Polícia Federal.

A PF também obteve a ordem para quebra de sigilo telemático, expedidas pela 1ª Vara Federal Criminal do Maranhão, especializada em crimes de lavagem de dinheiro. A justiça também autorizou a análise de equipamentos e materiais apreendidos na ação, que podem fornecer novas evidências.

Os envolvidos nas investigações podem responder por crimes como corrupção passiva, apropriação indevida de recursos públicos, fraude em licitações, lavagem de dinheiro e formação de associação criminosa. Os materiais recolhidos serão submetidos a perícia para identificar outros possíveis envolvidos e esclarecer eventuais crimes adicionais.

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