Apesar do Maranhão não possuir um robusto império fabril e o compacto Distrito Industrial de São Luís ter se transformado num verdadeiro cemitério de galpões que antes abrigavam empreendimentos do setor, de uma coisa industriários maranhenses não tem do que reclamar: do “reinado” erguido através da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIema), cuja sede, em formato de um moderno palácio, fica localizada nas proximidades do elevado da Cohama, em São Luís, com o nome de ‘Casa da Indústria Albano Franco’.
No “trono” deste império e blindado por uma habilidosa assessoria de comunicação, está sentado há mais de 10 anos o empresário Edilson Baldez das Neves, eleito pela primeira vez, presidente da Fiema, em 2008. Para sua consolidação no poder, rotulada como “perpetuação de cargo”, Baldez foi reeleito para a mesma função no dia 22 de dezembro de 2016, para o quadriênio 2017-2021. É claro que todo esse processo de permanência no cargo segue o rito da casa e obedece seu estatuto, mas rodízio ou alternância são bons e não fazem mal para ninguém.
Como citado acima, além da blindagem, existe uma infinita “agenda presidencial”, conforme foi informado por membros de seu gabinete. Há mais de 20 dias, um gestor municipal maranhense solicitou uma audiência com o presidente da Fiema Edilson Baldez e, na ocasião foi informado que ele se encontrava em viagem. Até hoje, a assessoria de gabinete do presidente da Fiema não deu feedback sobre a solicitação do encontro…
Talvez pelo fato de o presidente da Fiema encontrar-se atarefado ao extremo, buscando apoio de entidades federais ou estaduais para boa parte dos falidos ou quase desativados empreendimentos industriais que ainda restam no Maranhão. Afinal de contas, não é segredo pra ninguém que o setor fabril maranhense enveredou numa crise econômica sem volta e a Alumar é um exemplo prático dessa situação critica, inclusive, gerando desemprego da mão de obra local.
Isso sem contar que, as chaminés que ainda expelem fumaça oriunda da produção industrial em terras ludovicenses são basicamente, procedentes da fábrica de Cuscuz Ideal, de panificadoras e da Indústria da Construção Civil, essa última, sob forma de poeira.