O enfermeiro Alberto Rodrigues da Silva, investigado pela morte de uma mulher na qual ele fez uma cirurgia plástica dentro de um hospital público do Maranhão, já era alvo de inquérito por exercício ilegal em outro caso.,
A investigação é de julho de 2022 e aponta que Alberto atuava no Hospital Municipal de Turiaçu com o nome de ‘Dr. Guilherme’. Lá, ele realizou uma histerectomia, que é a remoção do útero de uma paciente.
No entanto, a paciente teve vazamento da urina na vagina e passou por uma segunda cirurgia com o ‘Dr. Guilherme’, para uma reparação. Porém, as complicações continuaram e a paciente foi a São Luís fazer exames, no qual foi constatada uma lesão na bexiga.
Por conta do problema, a paciente precisou fazer uma nova cirurgia, no Hospital Universitário, em São Luís, mas até hoje sofre as consequências dos procedimentos feitos pelo ‘Dr. Guilherme’.
Após as investigações, a Polícia Civil descobriu que Alberto usava um documento de registro profissional com o nome um outro médico, chamado Guilherme, mas que ele trocou a foto pela dele.
Por não haver flagrante, Alberto não foi preso. Mas, sobre este caso, a Polícia Civil indiciou Alberto pelo exercício ilegal da medicina e processo segue em andamento na Justiça. Uma audiência foi marcada para o dia 6 de junho, mas Alberto não compareceu.
Morte de Erinalva
Já no último caso, no dia 31 de maio, Alberto teria realizado uma cirurgia plástica que teve complicações na esteticista Erinalva de Jesus Dias, de 37 anos, que acabou morrendo. A cirurgia aconteceu dentro do Hospital Municipal da cidade de Lago dos Rodrigues.
Para a família, a Erinalva contou que faria uma cirurgia para retirar uma das trompas. Mas, depois das complicações na cirurgia, ela foi encaminhada para o Hospital Regional Dra. Laura Vasconcelos, que fica na cidade de Bacabal, a cerca de 80 km de Lago dos Rodrigues.
Erinalva acabou morrendo no hospital e um médico constatou que ela fez, na verdade, uma abdominoplastia, para retirada de excesso de pele e gordura do abdômen.
“Eu não vou me conformar com isso enquanto a gente não ver Justiça, porque eu quero Justiça. Minha filha não fazia mal a ninguém, minha filha era uma jovem muito alegre”, desabafou Carmelita de Jesus da Silva, mãe de Erinalva.
O judiciário é grande responsável pela fraude, criminalidade porque fomenta a impunidade, se esse enfermeiro já tivesse sido punido e o registro cassado ele não teria cometido esse crime novamente.