Em meio a precariedade que tomou conta da rede pública de saúde de São Luís, o prefeito da cidade, Eduardo Braide (PSD), está gastando cifras milionárias com a contratação de artistas nacionais no pré-carnaval e no carnaval de 2024.
No último sábado (20), a Prefeitura inaugurou o circuito Cidade do Carnaval, nas proximidades do Terminal da Integração da Praia Grande, no Centro, com a apresentação principal da cantora Joelma Calypso. O cachê do show foi de R$ 450 mil, pagos com dinheiro público.
Também iria se apresentar no local a banda baiana Chicabana, que cancelou a sua participação no evento devido a um problema no voo. Mas o pagamento de R$ 300 mil foi liberado pela Prefeitura, que argumentou já está marcando outra data para a realização do show.
Na segunda-feira (22), o prefeito anunciou a vinda do cantor Léo Santana para animar os foliões na Cidade do Carnaval. O valor médio do cachê do artista no carnaval do ano passado foi de R$ 800 mil reais.
Braide já havia anunciado também a banda Olodum para o dia 11 de fevereiro e Iguinho e Lula para 13 de fevereiro.
Enquanto cifras milionárias estão sendo “derramadas” na festa carnavalesca, os hospitais da capital agonizam por falta de investimentos, equipamentos e infraestrutura.
Não é raro ver pacientes reclamando de falta de atendimento, da espera por cirurgias e morrendo pela falta de medicamentos e procedimentos médicos.
As unidades de saúde, como nos Socorrões I e II, os enfermos padecem pela superlotação e pelo descaso que tomou conta dos locais.
Um acompanhante de uma paciente informou que o hospital Djalma Marques está em “situação de colapso”. Os aparelhos estão quebrados, como de Tomografia, o que gera um grande problema.
Dias atrás uma idosa, chorando, fez um apelo por está há três meses internada no Hospital Clementino Moura (Socorrão 2) esperando por uma cirurgia.