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Enxurrada de projetos na Câmara Federal tentam proibir pesquisas eleitorais

Arthur Lira defendeu hoje punir “institutos que erram demasiado ou intencionalmente para prejudicar qualquer candidatura”. O presidente da Câmara é mais um parlamentar que está de mau humor com pesquisas que não sorriem para os candidatos que apoia. Mas nem de longe é o único. Dezenas de deputados apresentaram na Câmara, nos últimos anos, projetos que prometem criminalizar os institutos ou até mesmo proibir a publicação de pesquisas.

Há um arsenal de pelo menos cem propostas que tratam do tema pesquisa eleitoral tramitando na Câmara. Muitas delas se arrastam há pelo menos duas décadas e não tiveram avanços, ou seja, estão paradas em algum escaninho à espera de discussão.

As mais recentes, apresentadas na última legislatura, defendem a vedação de divulgação de pesquisas eleitorais no período de 15 dias que antecedem as eleições e responsabilizam os institutos pela divulgação e realização de “pesquisas fraudulentas”. Essas propostas de cunho autoritário foram apresentadas por partidos da direita, esquerda e do centro.

Em uma delas, assinada pelo deputado bolsonarista Ubiratan Sanderson (PL-RS), que tem a coparticipação de General Girão (PL-RN), Carla Zambelli (PL-SP) e Guiga Peixoto (PSC-SP), prevê a punição aquele que realizar e divulgar pesquisas na reta final com reclusão de dois a cinco anos e multa no valor R$ 53 mil a R$ 100 mil.

Do colunista do O Globo, Lauro Jardim

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