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Exclusivo: delação cita caminhão do Mateus na Máfia do Contrabando

Em delação premiada à Procuradoria da República do Maranhão, o soldado da Polícia Militar Fernando Paiva Moraes Júnior, 25 anos, citou o caminhão do “Mateus” no âmbito da investigação da Máfia do Contrabando, suposta organização criminosa (ORCRIM) de contrabandistas de cigarros e whiskys no estado.

O relato do militar, obtido com exclusividade pelo Blog do Neto Ferreira, foi no dia 07 de abril na presença dos procuradores Marcílio Nunes Medeiros, Carolina da Hora Mesquita Hohn, Juraci Guimarães Júnior, delegado federal David Farias de Aragão (assassinado no sábado em sua casa) e do defensor público federal Gioliano Antunes Damasceno.

De acordo com Paiva, o ex-vice-prefeito do município de São Mateus, Rogério Sousa Garcia – denunciado à Justiça Federal como gerente do contrabando -, disse que seria necessário pavimentar a rua de acesso ao sítio onde funcionava o descarregamento do contrabando para que o caminhão do Mateus pudesse acessar o local, que fica no bairro Arraial, Zona Rual de São Luís.

“Que, um dia no sítio do Arraial, ouviu o Rogério comentar com alguém (provavelmente CABEÇÃO), que necessário melhorar a pavimentação da via de acesso ao sítio para que o caminhão do Mateus pudesse acessar o local”, diz a delação premiada, que acabou não sendo homologado pelo juiz federal substituto, Luís Regis Bomfim Filho, da 1ª Vara Federal Criminal (reveja).

No mesmo trecho do documento, o policial afirma que presenciou um dialogo telefônico entre Rogério e provavelmente um homem conhecido como Cabeção, que na manhã do dia seguinte o caminhão do Mateus se deslocaria até o sitio. “Que, em outra oportunidade, presenciou uma ligação em que o Rogério fala que era necessário fazer a pavimentação pois tinha uma erosão na rota dos caminhões e, na manhã do dia seguinte, um caminhão do Mateus iria até o local”.

Procurados pela reportagem, a assessoria de imprensa do Grupo Mateus e o Ministério Público Federal disseram que não pretendem se manifestar.

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