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Fábio Braga participa da instalação da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa

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Falar da pequena e micro empresa é falar de nós próprios; do homem da padaria, da farmácia, da loja de sapato, do marceneiro, da lanchonete da esquina ou do boteco preferido, porque esses negócios são a cara da gente e desempenham um papel fundamental na economia da rua, do bairro, da cidade e do país.

Por causa do tamanho e informalidade, são rápidas e flexíveis e dão uma cadência toda especial ao mercado, o que se traduz em vantagens sociais e econômicas significativas para o país como um todo.

Outra façanha delas é que atuam em todos os setores da atividade, dando um “fôlego” extra para a economia nacional, porque representam o sustento de milhões de famílias brasileiras, já que são a porta de entrada dos jovens no mercado de trabalho e também a alternativa de emprego e renda para muitos que já passaram dos 40 anos.

Entretanto, por fazerem parte de um ambiente de negócios imprevisível e competitivo, têm uma vida útil curta, determinada por causas como dificuldade de captação de recursos financeiros; carência de mão de obra qualificada; falta de planejamento; deficiência na gestão; falta de políticas públicas adequadas, dentre outras.

Em suma, alguma coisa mais objetiva precisa ser feita para consolidar de fato e de direito esse tipo de empresa no Brasil, porque, segundo o próprio SEBRAE, a importância delas aumenta a cada dia, já que respondem por mais de 50% da mão da obra formal do país, e os salários pagos chegam a mais de 40% da massa salarial brasileira, o que não é pouco.

Outro fato que obriga o país fazer alguma coisa mais concreta em beneficio delas é que ainda segundo o SEBRAE, o crescimento das micro e pequenas empresas na última década foi motivado por um melhor ambiente de negócios, como a criação dos Supersimples, por exemplo, que reduziu e unificou impostos para os pequenos negócios, ou, como o aumento da escolaridade do brasileiro, ou ainda, como o incremento do mercado consumidor e da classe média, ou seja, as pessoas passaram a abrir pequenos negócios por acreditar no empreendedorismo e não apenas por falta de emprego formal, como antigamente.

É essa realidade que se impõe pais afora e que chegou a semana passada ao Maranhão, trazida pela Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa, que é hoje, a maior Frente do Congresso Nacional, com 387 deputados e 33 senadores, e que aqui no Estado, aterrissou pelo esforço do deputado Adriano Sarney, do Partido Verde.

O presidente da Frente nacional, deputado federal Jorginho Mello, presente ao evento, disse tratar-se de um projeto nacional que avança a cada dia e que aqui no Maranhão já envolve, além da própria Assembleia Legislativa, diversas outras entidades do setor empresarial como o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Maranhão – Sebrae/MA, a Associação Comercial do Maranhão – ACM; a Federação das Indústrias – Fiema; representantes do Banco do Brasil; o Conselho Regional de Contabilidade; o Clube de Diretores Lojistas dentre outros.
Na sequência do trabalho, esses agentes realizarão seminários e reuniões em diversas regiões do Estado, com órgãos públicos e privados, de âmbito estadual e nacional, para fomentar ações em prol do empreendedorismo.

Também presente ao ato de lançamento, o deputado Fábio Braga – SD, falou da importância de uma iniciativa dessa natureza que é suprapartidária e que juntava os setores público e privado em prol de uma causa que vinha avançando no Brasil, especialmente num momento de crise, como este em que vivemos, e que carecia de um maior apoio para consolidar seu crescimento – assinalou.

Para ele “é sempre muito difícil o comerciante da zona rural e de municípios mais distantes da capital enfrentar um gerente de banco, porque ele se imagina um perdedor diante da instituição, achando que o gerente é o próprio dono, tal e a distância que lhes separa e isso precisa acabar” – alertou.

Conheço muito bem tal realidade – continuou o parlamentar, “e sei que é muito difícil para quem é pequeno fazer captação de recursos no interior do Estado, razão que explica porque os micro e pequenos empresários estão passando por tanta dificuldade, já que dependem muito das prefeituras municipais, de fato os grandes responsáveis pelo movimento das economias, mas que também passam por sérias dificuldades, e atrasam frequentemente o pagamento dos funcionários e dos fornecedores locais, brecando os negócios de um modo geral” – lembrou.

E essa Frente Parlamentar – disse, “poderá sim ter uma atuação muito proativa porque terá como fazer sentar na mesma mesa os conselhos regionais de contabilidade; as universidades e intuições de ensino superior; os bancos públicos e as entidades empresarias, enfim, a Frente terá como unir os agentes públicos e privados em torno de um só objetivo: apoiar e orientar as pequenas e micro empresas na gestão do dia a dia, de forma que elas sintam-se mais protegidas em relação à luta que travam pela sobrevivência. Hoje, essas empresas batalham praticamente sozinhas, por isso se encontram tão vulneráveis” – lamentou.

“E eu, na condição de parlamentar e dentro das minhas possibilidades, me comprometo a dar todo apoio que se fizer necessário à Frente Parlamentar, para que ela nos ajude a alcançar um crescimento mais autônomo para as micro e pequenas empresas aqui no Maranhão, pois tenho convicção de que essa é uma das alternativas que nós dispomos para enfrentar a crise, gerar emprego e renda com mais velocidade, e fortalecer nossa economia, para que o Estado passe a depender bem menos das transferências de recursos públicos, como acontece hoje em dia, sendo esta uma das causas da nossa crise” – finalizou.

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