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Flávio Dino diz que Bolsonaro não dirige o próprio governo, mas quer demitir Mandetta

Desde o fim do Carnaval, quando a pandemia de coronavírus anunciava sua chegada ao Brasil, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), de 51 anos, vem correndo para abrir hospitais e aumentar o número de leitos de UTI. Até o momento são 150 a mais, exclusivos para receber pacientes infectados pela Covid-19. No plano nacional, Dino se uniu aos demais governadores para pedir auxílio ao Governo Federal. Em entrevista ao EL PAÍS por telefone na semana passada, ele teceu elogios ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), mas se referiu ao presidente Jair Bolsonaro como “irresponsável”, “totalmente alheio à realidade”.

“Mas, em termos materiais, de poder, sim, porque ele objetivamente não dirige nem o Governo dele. Te dou três exemplos: ele quer demitir Paulo Guedes [ministro da Economia] e não pode, ele quer demitir Sergio Moro [ministro da Justiça] e não pode, ele quer demitir Mandetta e não pode. Que poder é esse? Como pode um presidente ser mais fraco que seus três ministros? Está claro que seu poder real se esvai. Se isso vai levar a uma definição formal, hoje é cedo pra prognosticar”, frisou o governador do Maranhão.

Dino assinou ainda, no dia 30 de março, junto com outras lideranças políticas e partidárias do campo progressista, um manifesto pedindo a renúncia do mandatário. “O que a gente quis com foi prospectar um cenário após a crise sanitária. É impossível o Brasil se reerguer com uma pessoa que não tem condições políticas e pessoais de liderar a nação no momento de reconstrução”, argumenta. “Se ele não se sensibiliza diante de mortes, diante de perdas de vidas humanas, diante de tragédias… Não vejo como ele possa preservar e consolidar sua base política”, opina.

Leia a entrevista na íntegra aqui

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