O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, reagiu às críticas por ter negado à CPMI do 8 de janeiro o pedido das imagens do circuito interno do Ministério da Justiça no dia da invasão das sedes dos Três Poderes.
No retorno das atividades da CPMI, nesta segunda-feira (1º), o presidente da comissão, Arthur Maia (União-BA), anunciou que vai ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedir as imagens do sistema de vigilância do Ministério da Justiça no dia dos atos antidemocráticos.
O ministro retrucou no Twitter as críticas que lhe foram feitas na comissão: “1. Tentaram fraudar a eleição de 2022 para ficar no poder. Ainda assim, perderam”, escreveu, iniciando uma série numerada. “2. Tentaram dar um golpe de estado entre outubro de 2022 e janeiro de 2023. Perderam novamente. 3. Tentaram explodir o aeroporto de Brasília e matar centenas de pessoas. Não conseguiram. Essas são verdades comprovadas. Não adianta ficar inventando ‘fatos’ para encobrir tais verdades. E vamos seguir governando e cuidando da população. Muito trabalho para reconstruir o Brasil“, completou.
Por conta da delação premiada de Élcio Queiroz, um dos assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes, apresentada na semana passada, Dino foi criticado após protagonizar o anúncio sobre o avanço das investigações. Até aquele dia, a delação premiada era criticada pelos governistas, após a Operação Lava Jato levar Lula, entre outros, para a cadeia.
“Me impressiona a quantidade de gente incomodada com o avanço das investigações do caso Marielle. Me impressiona mas não me intimida nem desmotiva”, escreveu na ocasião. “Vi de tudo nas últimas 24 horas: disparates jurídicos proferidos por incompetentes; comentários grosseiros na TV; campanhas de desinformação via internet; reclamação pela presença da Polícia Federal nas investigações. Sabem o que mudou no nosso caminho de luta? NADA”, completou o ministro, também em seu perfil no Twitter.
Como já havia demonstrado em outras ocasiões, Dino não sabe lidar muito bem com divergências.
Do Antagonista