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Flávio Dino vai pedir que MP investigue contratação de médicos

O presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Flávio Dino, vai solicitar, nesta segunda-feira (16), que o Ministério Público do Trabalho (MPT) investigue a contratação de médicos em hospitais públicos e particulares de todo o país.

Flávio Dino
Flávio Dino

“O que aconteceu com o meu filho é uma demonstração de que o principal problema dos hospitais hoje são as péssimas condições de trabalho, que acabam levando a erros e crimes”, afirmou Dino ao G1.

Flávio Dino afirmou ter reunião agendada com o procurador-geral do MPT, Luis Camargo, às 17 horas. A assessoria do Ministério Público confirmou a reunião. Na última sexta-feira (13), ele solicitou ao MPT da 10ª região que apure a contratação de médicos no Distrito Federal.

O filho do presidente da Embratur, Marcelo Dino, morreu em 14 de fevereiro, aos 13 anos, após o agravamento de uma crise asmática no Hospital Santa Lúcia, na Asa Sul, um dia depois de ser internado.

De acordo com Flávio Dino, o objetivo da solicitação de abertura de investigação é que sejam apuradas falhas como o descumprimento de leis trabalhistas por parte dos hospitais, jornadas excessivas de trabalho e ausência de pagamento de horas-extras e adicional de insalubridade.

Entre as irregularidades apontadas pelo presidente da Embratur em seu pedido de abertura de investigação está o suposto cumprimento de mais de 100 horas semanais de trabalho por alguns profissionais em diferentes localidades. Segundo Dino, os dados foram retirados do Ministério da Saúde.

“Como nada vai trazer meu filho de volta, uma das coisas que quero é evitar que outras famílias sofram o que eu estou sofrendo por causa de falhas nos hospitais”, declarou Dino.

A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou, na última sexta-feira (13), a médica Izaura Costa Rodrigues, responsável pelo atendimento de Marcelo, por homicídio culposo – quando não há intenção de matar. O laudo cadavérico apontou que o adolescente morreu por asfixia e possuía “secreções gástricas no pulmão”.

O delegado responsável pelo caso, Anderson Espíndola, afirmou que não houve demora no atendimento, nem falta de medicamentos ou equipamento, mas, segundo ele, a médica adotou dois procedimentos possivelmente equivocados, que resultaram em imperícia médica.

Do G1, Brasília

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