Do Imirante
Funcionários da Samu realizam paralisação de advertência, nesta manhã, (15), no prédio do órgão, localizado na avenida dos Portugueses, na área Itaqui-Bacanga.
O 1º secretário da Associação dos Servidores Municipais do Samu, Lindomar Pires da Silva, descartou que houve omissão no atendimento ao pedreiro Cristino Sousa, morador do Residencial Primavera, na área Itaqui-Bacanga, na última segunda-feira, 12. Lindomar denuncia que os socorristas do Samu tem sido alvo de constrangimentos por parte da população.
– Não podemos aceitar retaliação. É necessário que a população tenha conhecimento da situação da realidade em que vivemos. Samu desempenha seu trabalho com honradez e muito zelo – garantiu Lindomar.
Conforme Lindomar Gomes da Silva, a frota do Samu foi reduzida de 19 para apenas 9 veículos. Caso a greve aconteça, atendendo à recomendação legal, deverão funcionar apenas 30% das atividades, ou seja, apenas três ambulâncias estarão em funcionando. As condições de trabalho também são motivos de reclamação da médica do Samu, Débora Rosana. “Falta estrutura para atender a demanda na região metropolitana de São Luís”, afirmou a médica. Conforme Lindomar Gomes da Silva, a frota do Samu foi reduzida de 19 para apenas 9 veículos.
As principais reivindicações dos servidores são reajuste salarial, pagamento de adicional noturno, de hora extra, de urgência e emergência e insalubridade, de saúde e de risco de vida. Eles querem também aumento no pagamento feito por produtividade, que atualmente é de R$ 50,00.
– Alguns dos adicionais até recebemos, mas com os valores mínimos e ainda com atraso. Queremos valores decentes, máximos – disse Lindomar Gomes da Silva.
Outra exigência da categoria é a distinção entre motoristas e ‘socorristas’ – que além de conduzirem as ambulâncias, fazem atendimento.”Os motoristas são considerados e recebem o salário como de veículos leves, mas ambulância não é veículo leve, é pesado”, contou Raimundo Campelo, condutor “socorrista” do Samu.
Lindomar afirmou que a categoria pode sinalizar por um período indeterminado de greve caso as reivindicações não sejam atendidas.
Sindicância O Ministério Público solicitou a abertura de um inquérito policial para apurar a denúncia de negligência e omissão de socorro por parte do Samu, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de São Luís. O secretário municipal de Saúde, Gutemberg Araújo, disse que vai apurar a denúncia com a direção do Samu e também conversar com o Conselho Regional de Medicina (CRM).