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Gaeco apreende documentos na casa de Lourenço, acusado de liderar esquema em Miranda

O Grupo de Atuação Especializada no Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão apreendeu documentos na residência do ex-prefeito de Miranda do Norte e atual deputado federal, Júnior Lourenço.

A apreensão da documentação foi realizada durante a operação Operação Laços de Família, que desarticulou um esquema criminoso liderado pelo parlamentar para desviar verbas públicas do Executivo municipal. Os papéis são da Prefeitura..

Houve ainda apreensão de celulares, computadores, tablets e documentos em diversos endereços nas cidades de Bom Jardim, Paço do Lumiar, São José de Ribamar, São Luís e Miranda do Norte.

Em Miranda do Norte, foram realizadas buscas na sede da Prefeitura, Comissão Permanente de Licitação e em algumas Secretarias Municipais, como Saúde, Educação, Obras, Administração, Assistência Social e Transportes. Nos três municípios também foram cumpridos mandados em endereços comerciais e nas residências dos sócios das empresas envolvidas e de pessoas ligadas a eles.

De acordo com o Gaeco, esses documentos comprovam o vínculo do empresário com a administração municipal no período investigado.

A organização estaria dividida em três núcleos: o político, representado por Júnior Lourenço e Carlos Eduardo Belfort; o administrativo, composto por servidores públicos como secretários municipais, integrantes da Comissão Permanente de Licitação e fiscais de contratos; e o empresarial.

As empresas participantes do esquema seriam de propriedade de “laranjas” do líder do núcleo empresarial, muitos deles de sua própria família.

Quatro contratos firmados entre a Prefeitura de Miranda do Norte e as empresas por exemplo, teriam totalizado um dano de R$ 22.061.477,53 aos cofres municipais. Esse, inclusive, é o valor do bloqueio das contas correntes, poupanças e aplicações dos investigados, solicitado pelo Ministério Público.

As investigações apuram a existência de uma organização criminosa criada com o objetivo de desviar recursos públicos. O esquema seria operacionalizado por meio de empresas de fachada que participavam de processos licitatórios fraudulentos. Essas empresas não tinham capacidade técnica nem lastro financeiro para cumprir os contratos firmados.

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