Categorias

Gaeco faz buscas contra pai de deputada do MA, acusado de organização criminosa no Piauí

Operação Cerrados cumpriu mandados de busca em apreensão em Uruçuí e outras cidades do Piauí e Maranhão — Foto: Divulgação/MP-PI

O prefeito de Uruçuí, Francisco Wagner Pires Coelho, conhecido como Dr. Wagner Coelho, e o secretário de Finanças, Helano Coelho, foram alvos de buscas durante Operação Cerrados, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Piauí. Os dois são pai e irmão da deputada estadual do Maranhão, Dra. Vivianne Coelho.

Segundo informações do Ministério Público piauiense, eles são investigados por diversos crimes contra a administração pública, cometidos por meio de contratos firmados entre empresas de fachada e a Prefeitura de Uruçuí (PI).

Ao todo, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao gestor, outros políticos e pessoas ligadas a eles. Servidores públicos, empresas e seus sócios-proprietários também são investigados.

Deputada estadual do Maranhão, drª Viviane Coelho, e o pai Wagner Coelho, alvo do Gaeco-PI por contratos com empresas de fachada.

As ordens judiciais, emitidas pela 2ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí, foram cumpridas em Uruçuí e Teresina, além de Timon e Balsas, no Maranhão. As ações no estado vizinho tiveram participação do Ministério Público Estadual maranhense.

“A investigação visa apurar a prática dos crimes de desvios de recursos públicos, organização criminosa, lavagem de dinheiro, fraude à licitação, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva, cometidos através de contratos firmados entre empresas de fachada e o Município de Uruçuí”, informou o MP-PI em nota.

Além do prefeito, outros políticos e pessoas ligadas a eles. Servidores públicos, empresas e seus sócios-proprietários também são investigados. O Ministério Público informou que a investigação aponta a existência de “uma associação criminosa visando o desvio de recursos públicos de Uruçuí”.

Esse desvio, segundo o órgão, era realizado com o direcionamento de licitações a uma determinada empresa, utilizada pela organização criminosa, seguido da contratação da mesma, com preço acima do normal, pelo gestor municipal.

“Após o pagamento da empresa, parte do recurso público era remetido, diretamente ou por meio de pessoas interpostas, para as contas bancárias dos empresários, políticos e seus familiares, bem como de empresas ligadas a eles”, afirmou o Ministério Público.

Participaram diretamente da execução da operação Promotores de Justiça do Estado do Piauí, Delegados e Agentes da Polícia Civil, equipes da Polícia Militar, servidores do Ministério Público Estadual e auditores do TCE-PI, além do GAECO do MPMA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *