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Governo Brandão promete emendas e cargos para eleição de Iracema na Assembleia

Governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), abraçado com a deputada estadual eleita, Iracema Vale (PSB), em evento político.

Empenhado em eleger a deputada de primeiro mandato Iracema Vale (PSB) como presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, o Palácio dos Leões tem feito uma série de promessas envolvendo a liberação de emendas parlamentares e cargos no governo.

Os compromissos estão sendo firmados pelo empresário Marcus Brandão, irmão do mandatário do Estado, Carlos Brandão (PSB). Nessa segunda-feira (12), ele esteve reunido com 25 parlamentares ao longo do dia, negociando espaços na máquina estadual e a liberação de verbas carimbadas pelos deputados que não apoiam ou que pretendem trocar o voto anunciado em Othelino Neto (PCdoB) –que comanda a Casa desde 2018 e busca a reeleição com o apoio do ex-governador e senador eleito Flávio Dino (PSB).

Em relação às emendas, segundo apurou o ATUAL7, o dinheiro seria destinado aos municípios apoiados pelos deputados por meio de programas estaduais. Pelo acordo, parte seria disponibilizada ainda este mês, e o restante, após aprovação do Orçamento para 2023, se a votação não for travada na Alema.

No cálculo mais realista de aliados de Carlos Brandão, o governo tem hoje 30 deputados fechados em apoio à Iracema, incluindo aqueles que, nos últimos dias, declararam publicamente que votariam em Othelino. O discurso de mudança de posicionamento desses deputados já estaria sendo montando.

Entre os que aguardam por diálogo direto com Brandão ainda esta semana para nova declaração de voto, mas agora em Iracema, estão Osmar Filho (PDT), Yglésio Moysés (PSB) e Rildo Amaral (PP). Outros sete, que não declararam voto publicamente, mas constam na relação de apoio a Othelino, também devem pular: Daniela (PSB), Carlos Lula (PSB), Francisco Nagib (PSB), Júnior Cascaria (Pode), Neto Evangelista (União), Roberto Costa (MDB) e Eric Costa (PSD).

Se Iracema for eleita presidente da Alema como quer Brandão, a tendência é de que o governo abra ainda mais postos para os aliados. O próprio chefe do Executivo já disse que o novo governo só será iniciado, de fato, após a eleição para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.

Apesar de, no bastidor, garantir que já conta com a maioria dos deputados, o Palácio dos Leões ainda busca a retirada de candidatura por Othelino Neto, o que garantiria votação aberta e evitaria eventuais traições.

Neste sentido, o que estaria sido ofertado ao atual presidente do Legislativo estadual é a Representação Institucional do Governo do Estado em Brasília, a Rebras, já que a esposa dele, Ana Paula Lobato (PSB), deve assumir o mandato de senadora em fevereiro, em razão da indicação de Flávio Dino para o Ministério da Justiça e Segurança Pública pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A permanência do PCdoB na Secretaria de Cidades e Desenvolvimento Urbano do Maranhão também estaria na mesa de ofertas, o que aplacaria também Márcio Jerry, e em parte Dino, que querem o comando da pasta na gestão Brandão. Quem assumiria, porém, em vez da esposa de Jerry, Lene Rodrigues, seria a irmã de Othelino, a suplente comunista na Câmara Federal Flávia Alves.

A eleição para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa será realizada em 1º de fevereiro de 2023, de forma presencial. O mandato é de dois anos, com possibilidade de reeleição. Quem for eleito para a presidência, terá o controle sobre R$ 535 milhões no ano que vem.

Do Atual7

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