Enquanto o Instituto Corpore comemora a parceria milionária com o Governo do Estado do Maranhão, os fornecedores de medicamentos e materiais hospitalares estão a ver navios, segundo denúncia recebida pelo Blog.
O Instituto fatura mais de R$ 135 milhões por ano, uma média superior a R$ 11 milhões por mês, para administrar nove unidades hospitalares no Maranhão. No entanto, não tem honrado os pagamentos com os fornecedores e ainda joga a culpa dos atrasos financeiros à Secretaria de Estado da Saúde (SES). Pura enrolação.
O Blog teve acesso a duas ordens bancárias de pagamento da SES ao Instituto Corpore. Os documentos comprovam que a Secretaria repassou a quantia de R$ 17.420.188,17 (dezessete milhões, quatrocentos e vinte mil, cento e oitenta e oito reais e dezessete centavos) no mês de fevereiro deste ano, ultrapassando inclusive a cota mensal de R$ 11 milhões. Portanto, cai por terra a desculpa esfarrapada do Instituto.
De acordo com a denúncia, no início da gestão o Instituto Corpore pagava com 30 dias os fornecedores, depois o prazo aumentou para 60 e agora não tem mais data certa. Todos os materiais fornecidos às unidades já estão com mais de 60 dias vencidos e a organização insiste que a pendência é devido ao atraso no repasse do Governo.
A situação está tão grave que tem fornecedor que ainda espera receber por faturas de junho do ano passado. A denúncia ressalta que a situação está pior do que na gestão anterior, onde se recebia os valores devidos. Os fornecedores esperam que o mais breve possível o Instituto pague as faturas em atraso e deixe de contar ladainhas.
O Instituto Corpore presta um desserviço aos hospitais de Alto Alegre do MA, de Peritoró, de Timbiras, de Timon; além dos macrorregionais de Coroatá e Caxias. Também são administradas pela organização, as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) dos Municípios de Coroatá, Codó, e Timon.
Confira as autorizações da efetivação de pagamento ao Instituto Corpore, assinadas pelo secretário de EStado da Saúde, Marcos Pacheco. O primeiro totaliza a quantia de R$13.908.332,40 e o segundo R$ 3.511.855,77.